Governo estuda plano de combate à violência contra mulher na internet

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O governo federal planeja apresentar um plano para combater a violência contra as mulheres nas redes sociais, conforme revelado pela primeira-dama, Janja Lula da Silva, durante sua participação no programa “Conversa com o Presidente” ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta terça-feira (19).

Janja expressou a necessidade de uma abordagem mais robusta para abordar o problema, especialmente após o recente hackeamento de seu perfil na plataforma X (antigo Twitter), que resultou na publicação de mensagens ofensivas e xingamentos por invasores.

A primeira-dama enfatizou a importância de regulamentar as atividades das empresas proprietárias de redes sociais no Brasil, destacando a necessidade de discutir a monetização dessas plataformas. Ela ressaltou que, atualmente, as redes sociais operam acima de regras estabelecidas e do mercado, e é crucial abordar essa questão.

Janja argumentou que ao longo da história, a sociedade aprendeu a criar regras de convivência, e com a internet, não deveria ser diferente. Ela mencionou que o pedido de suspensão de sua conta levou uma hora e meia para ser atendido pelo X, evidenciando a dificuldade enfrentada mesmo sendo uma figura pública. Janja também expressou sua intenção de processar a empresa responsável pelo Twitter, ponderando sobre a jurisdição apropriada, considerando a questão global do problema.

A iniciativa proposta pela primeira-dama visa responsabilizar e regulamentar as plataformas de redes sociais, reconhecendo que o problema não é exclusivo do Brasil, mas é de natureza global.

Misoginia

Janja também abordou o caráter misógino e violento do ataque, destacando que um dos suspeitos do crime tem apenas 17 anos. Ela ressaltou a triste realidade de as mulheres se acostumarem a receber ódio nas redes sociais, mas salientou que o ocorrido na semana passada foi especialmente invasivo. Janja enfatizou a importância de investigar não apenas o jovem envolvido, buscando reeducá-lo para uma convivência mais solidária e empática, mas também de identificar os adultos que podem estar influenciando esses adolescentes, alimentando o ódio nas redes.

O presidente Lula expressou sua indignação diante da situação, ressaltando que as pessoas estão se tornando cada vez mais desumanas. Ele reconheceu a gravidade da violência contra as meninas e destacou a necessidade de tratar esse fenômeno como uma questão criminosa. Lula reconheceu os desafios de regulamentar as redes sociais sem comprometer a liberdade de expressão, referindo-se à experiência da União Europeia e observando o que está acontecendo na China e nos Estados Unidos. Ele alertou para o fato de que a internet amplificou o preconceito, transformando o preconceito pessoal das pessoas em algo disseminado para milhões de indivíduos.

BB e BNDES são autorizados a contratar empréstimos externos

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Na última reunião deliberativa do ano, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, nesta terça-feira (19), mensagens presidenciais que autorizam o Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a contratarem empréstimos com organismos internacionais, tendo a garantia da União.

Na primeira mensagem, o Banco do Brasil recebeu autorização para contratar uma operação de crédito externo de US$ 500 milhões junto ao Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). Esses recursos têm como destino o financiamento de investimentos em soluções financeiras voltadas para a mitigação das mudanças climáticas. Os desembolsos ocorrerão ao longo de 5 anos, encerrando-se em 2027, com previsão de desembolso de US$ 47,2 milhões ainda este ano, US$ 234.850.000 em 2024, US$ 173.950.000 em 2025, US$ 40 milhões em 2026 e US$ 4 milhões em 2027. Esses recursos serão direcionados para a expansão do acesso ao financiamento sustentável, visando à mitigação e à prestação de assistência técnica a empresas no desenvolvimento e implementação de planos de mitigação. A matéria será submetida ao plenário.

Outra mensagem autoriza o BNDES a contrair um empréstimo de até US$ 150 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para o Programa Federativo para Segurança Pública Inteligente. O prazo de desembolso é de 60 meses, a partir da entrada em vigor do contrato de empréstimo. Este assunto também seguirá para apreciação do plenário.

Uma terceira mensagem autoriza a União a contratar crédito externo de até US$ 54.055.925 junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), destinado ao financiamento do Programa de Promoção de Novas Estratégias de Habitação no Brasil para a População de Baixa Renda, chamado de ProMorar Brasil, executado pelo Ministério das Cidades. O cronograma prevê o desembolso de US$ 7.813.528,33 ainda este ano, US$ 4 milhões em 2024, US$ 28.586.471,67 em 2025, US$ 7,100 milhões em 2026 e US$ 6.555.925 em 2027. Este texto também será submetido ao plenário.

Além disso, a CAE autorizou a União a conceder garantias para um crédito externo de US$ 50 milhões entre o governo de Tocantins e o Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). Esses recursos se destinam ao Programa de Sustentabilidade Fiscal, Eficiência e Eficácia do Gasto Público do Estado de Tocantins – Pró-Gestão Tocantins. Essa proposta também foi encaminhada ao plenário.

Cooperativas

A votação do Projeto de Lei 1.303/2022, que inclui as cooperativas como agentes autorizados a explorar serviços de telecomunicações, foi adiada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, por um pedido de vista. Essa iniciativa visa permitir que entes cooperados prestem serviços de telefonia móvel e internet, entre outros. O projeto também está em tramitação na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informática (CCT) do Senado, com caráter terminativo.

O senador Eduardo Gomes (PL-TO), relator da proposta originada na Câmara dos Deputados, destaca que o projeto favorece a criação de um ambiente competitivo nas telecomunicações no país, conforme preconizado pela Lei Geral de Telecomunicações, especialmente em regiões remotas.

Ele argumenta que a universalização e consolidação do serviço de banda larga são fundamentais para o desenvolvimento econômico e social de regiões carentes desses serviços. O relator defende a ideia de que permitir que cooperativas interessadas contribuam na promoção do acesso, da qualidade e da competitividade no setor, especialmente em regiões rurais, carentes e de difícil acesso, não prejudica as empresas atualmente autorizadas a explorar tais serviços.

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) estima que existam quase 5 mil cooperativas no Brasil, com mais de 20 milhões de cooperados e mais de 500 mil empregados, atuando em diversos setores, incluindo infraestrutura.

Eduardo Gomes destaca que as cooperativas enfrentam desafios para atuar no setor de telecomunicações, travando batalhas jurídicas e legislativas, principalmente no que se refere à internet. No contexto em que se busca melhorar a qualidade dos serviços prestados em pequenos municípios e regiões remotas, o senador avalia que não há justificativa para proibir a atuação das cooperativas, que já demonstraram capacidade para desempenhar um papel crucial na expansão e melhoria da oferta de serviços de telecomunicações nessas localidades.

Lei do Bem

A votação do Projeto de Lei 2838/2020, que propõe alterações na Lei do Bem (Lei 11.196, de 21 de novembro de 2005), foi adiada devido a um pedido de vista coletiva. Essa legislação concede incentivos fiscais a empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento. Antes da apreciação da proposta, será realizada uma audiência pública.

Entre os benefícios contemplados no projeto está a redução do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), com base em percentual dos dispêndios realizados no período de apuração relacionados à pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, classificáveis como despesas operacionais pela legislação do IRPJ.

Além disso, a proposta abrange a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre equipamentos, máquinas, aparelhos e instrumentos, assim como os acessórios sobressalentes e ferramentas destinados à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico. O projeto também prevê a redução a zero da alíquota do imposto de renda retido na fonte nas remessas destinadas ao exterior para registro e manutenção de marcas, patentes e cultivares, entre outros pontos.

Bolsonaro apoiou a Nanomedicina, enquanto Lula mantém distância

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Em contraste com a reputação do governo Bolsonaro de negligenciar a ciência, foi estabelecida em 2022 uma parceria, por intermédio do então Ministro do MCTI, Paulo Alvim, entre o governo e a Sociedade Brasileira de Nanomedicina. Essa colaboração resultou na realização da 2ª edição do Congresso Brasileiro de Nanomedicina nos dias 23 e 24 de setembro de 2022, em São Paulo. Na ocasião, o evento recebeu apoio institucional do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e contou com a participação de estudiosos reconhecidos no Brasil e no mundo por suas significativas contribuições ao setor.

Por outro lado, no governo Lula 3, há quase um ano, representantes da Sociedade Brasileira de Nanomedicina tentam estabelecer uma parceria com o MCTI, sem sucesso. “Para não demonstrar total descaso, o MCTI enviou um e-mail informando que um setor do ministério entraria em contato, mas até hoje isso não ocorreu”, declarou Cristovão Pinheiro, presidente da entidade.

Segundo Cristovão Pinheiro, “Mesmo diante da evidência de que a nanomedicina desempenhou um papel fundamental no combate à COVID-19, sendo considerada um método revolucionário para impulsionar o desenvolvimento da medicina, o governo Lula 3 ainda não demonstrou sinais de investimento efetivo ou interesse nesse setor”.

Enquanto o Brasil faz investimentos limitados em equipamentos e incentivos financeiros para pesquisadores, estima-se que o mercado global de Nanomedicina alcance um investimento de US$ 512,5 bilhões até o final de 2028, conforme estudo da Transparency Market Research (TMR).

A nanomedicina é essencial para o avanço da medicina no Brasil, sendo concebida para elaborar ferramentas que otimizem diagnósticos e potencializem os efeitos de medicamentos utilizados no tratamento de doenças com o uso da nanotecnologia.

Mercado reduz previsão da inflação de 4,51% para 4,49% este ano

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O mercado financeiro reduziu a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, de 4,51% para 4,49% neste ano, conforme revelado no Boletim Focus desta segunda-feira (18). O levantamento, divulgado semanalmente em Brasília pelo Banco Central (BC), reflete as expectativas das instituições financeiras em relação aos principais indicadores econômicos.

Para o ano de 2024, a projeção da inflação permaneceu estável em 3,93%, enquanto para 2025 e 2026, as estimativas apontam para 3,5% em ambos os anos.

A previsão para 2023 está acima do centro da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central, que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O intervalo fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) compreende um limite inferior de 1,75% e um superior de 4,75%.

Conforme indicado no último Relatório de Inflação do BC, há uma probabilidade de 67% de o índice oficial ultrapassar o teto da meta em 2023. A projeção do mercado para a inflação em 2024 também supera o centro da meta estabelecida em 3%, mas ainda se mantém dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

O aumento nos preços dos alimentos em novembro exerceu pressão sobre a inflação, resultando em um IPCA de 0,28%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse percentual foi superior à taxa registrada em setembro, que teve um acréscimo de 0,24%.

No acumulado do ano, a inflação atingiu 4,04%, enquanto nos últimos 12 meses, o índice alcançou 4,68%.

Juros básicos

O Banco Central utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic, como o principal instrumento para alcançar a meta de inflação. O Comitê de Política Monetária (Copom) definiu a Selic em 11,75% ao ano. Após quedas sucessivas no final do primeiro semestre, a inflação registrou um aumento na segunda metade do ano, conforme previsto por economistas.

Em resposta ao comportamento dos preços, o BC reduziu a Selic pela quarta vez no semestre durante a última reunião do Copom, que foi também a última do ano. O comunicado do Copom indicou a intenção de continuar com cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões, sem especificar quando cessarão as reduções, dependendo do comportamento da inflação no primeiro semestre de 2024.

O mercado financeiro projeta que a Selic encerrará 2024 em 9,25% ao ano. A primeira reunião do Copom em 2024 está marcada para 30 e 31 de janeiro. As projeções para o final de 2025 e 2026 indicam Selic em 8,75% ao ano e 8,5% ao ano, respectivamente.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic em 12 vezes consecutivas, respondendo ao aumento nos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes consecutivas.

Antes desse ciclo de aumento, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, atingindo o nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Essa redução ocorreu em resposta à contração econômica causada pela pandemia de COVID-19, quando o Banco Central buscou estimular a produção e o consumo. A taxa permaneceu no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, impactando os preços, pois os juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança. Além da Selic, os bancos consideram outros fatores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas, ao definir as taxas de juros para os consumidores. Taxas mais altas podem dificultar a expansão da economia. Por outro lado, a redução da Selic tende a tornar o crédito mais acessível, incentivando a produção e o consumo, mas também pode afetar o controle da inflação.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano manteve-se em 2,92%. Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de um crescimento de 1,51%. Já para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta uma expansão do PIB em 2% para ambos os anos.

Surpassando as projeções, no terceiro trimestre deste ano, a economia brasileira registrou um crescimento de 0,1% em comparação com o segundo trimestre de 2023, conforme apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de janeiro a setembro, a alta foi de 3,2%.

Com esse desempenho, o PIB atingiu novamente o maior patamar da série histórica, ficando 7,2% acima do nível registrado nos três últimos meses de 2019, antes da pandemia.

A previsão para a cotação do dólar está em R$ 4,93 para o final deste ano. Para o encerramento de 2024, a expectativa é que a moeda americana alcance o valor de R$ 5.

Congresso deve aprovar Orçamento da União nesta semana

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Na próxima quarta-feira (20), o Congresso Nacional promulgará a reforma tributária, conforme previsto pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Essa previsão foi feita após a conclusão da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/19, na última sexta-feira (15).

Esta semana marca o encerramento dos trabalhos parlamentares em Brasília, com sessões conjuntas do Congresso Nacional, presididas por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado.

Na quinta-feira (21), está prevista uma nova sessão do Congresso para a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLN 4/2023) e da Lei Orçamentária Anual para 2024 (PLN 29/2023), esta última ainda em tramitação. Uma das novas disposições orçamentárias para o próximo ano é a obrigação do governo federal de alocar recursos para empenhar as emendas parlamentares impositivas até o primeiro semestre de 2024.

Além disso, espera-se que o Plenário da Câmara dos Deputados vote a Medida Provisória (MP) 1185/2023, que regula a isenção tributária para créditos fiscais provenientes de subvenção para investimentos. A MP, aprovada na semana passada em comissão mista, deve ser aprovada separadamente nas duas Casas do Congresso até 7 de fevereiro do próximo ano.

Essa medida provisória das subvenções regulamenta a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determina a inclusão dos créditos fiscais na base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A projeção do Ministério da Fazenda estima um aumento de R$ 35 bilhões na arrecadação do governo federal.

Outro tema de interesse arrecadatório é a votação final na Câmara dos Deputados do PL 3.626/2023, que regulamenta os jogos de aposta fixa, conhecidos como “bets”, populares no Brasil, principalmente entre os torcedores de futebol. O Senado modificou o texto inicialmente aprovado na Câmara, reduzindo a alíquota de imposto de 18% para 12% a ser paga pelas empresas que exploram as apostas.

Paulo Gonet Assume como Procurador-Geral da República em Cerimônia Oficial

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Em uma cerimônia realizada hoje, Paulo Gonet tomou posse como o novo procurador-geral da República, sucedendo Augusto Aras. Indicado pelo presidente Lula e aprovado pelo Senado, Gonet assume a liderança do Ministério Público Federal (MPF) com a responsabilidade de representar o órgão em importantes julgamentos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Gonet, que é formado em direito, possui uma sólida trajetória como subprocurador-geral desde 2012, além de ser reconhecido como professor universitário. Sua atuação recente na Justiça Eleitoral como vice-procurador-geral, no período de 2021 a 2023, contribui para uma experiência diversificada nas instâncias jurídicas do país.

O novo procurador-geral da República assume um mandato de dois anos, durante os quais terá a responsabilidade de conduzir o MPF em sua missão de promover a justiça e a defesa do interesse público. Ele substitui Augusto Aras, que deixou o cargo em setembro, mantendo-se interinamente ocupado por Elizeta Ramos até a posse oficial de Gonet.

Dentre as atribuições do procurador-geral, destaca-se o papel fundamental na proposição de investigações e processos contra autoridades detentoras de foro privilegiado, incluindo o presidente da República. A nomeação de Gonet promete trazer novos rumos para a atuação do Ministério Público Federal, reforçando seu compromisso com a justiça e a defesa dos interesses da sociedade brasileira.

Câmara aprova MP que restringe dedução do ICMS e reforça caixa em 2024

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A Medida Provisória (MP) 1.185 foi aprovada pelo plenário da Câmara dos Deputados com 335 votos a favor, 56 contra e uma abstenção. A MP restringe a dedução de incentivos fiscais estaduais do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Todas as emendas da oposição foram rejeitadas, e o texto seguirá diretamente para o plenário do Senado Federal, onde será votado na próxima semana.

A MP é uma iniciativa do governo para obter R$ 168 bilhões extras, buscando zerar o déficit primário em 2024. Com potencial de arrecadação de R$ 35 bilhões no próximo ano, a medida corrige uma distorção causada pela derrubada de um veto a uma emenda de uma lei de 2017.

Nesse ano, uma lei autorizou as empresas a usarem incentivos fiscais do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para deduzirem gastos com custeio e investimento. Em abril, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a subvenção só poderia ser usada para deduzir gastos de investimentos.

Em agosto, o governo editou a MP para regulamentar a decisão judicial e limitar a dedução de IRPJ e CSLL aos gastos das empresas com investimentos, como modernização do parque produtivo e compra de equipamentos. A regulamentação antecipada permite que o governo inicie a cobrança sem aguardar o julgamento de recursos no Supremo Tribunal Federal (STF).

Mudanças

A Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória (MP) com todas as alterações propostas pelo relator, deputado Luiz Fernando Faria (PSD-MG), na comissão especial. Em troca de restringir a ajuda financeira do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Congresso aceitou a inclusão de um mecanismo de transação tributária, semelhante ao existente desde 2020. Esse mecanismo permite que as empresas renegociem, com até 80% de desconto, o passivo de R$ 90 bilhões acumulado desde 2017, caso dividam o valor em 12 meses. Para prazos mais longos, o desconto variará entre 50% e 35%.

A estimativa de R$ 35 bilhões está mantida, pois a cobrança incidirá sobre as futuras receitas, com a renegociação abrangendo apenas o valor que deixou de ser pago nos últimos seis anos.

O relator também reduziu pela metade o prazo para que a Receita Federal reembolse as empresas que utilizarem a subvenção do ICMS corretamente para abater investimentos, diminuindo de 48 para 24 meses. Empresas do setor de comércio e serviços também foram autorizadas a usar as ajudas financeiras estaduais para investimentos.

Outra mudança importante foi a Receita Federal passar a receber os pedidos assim que as receitas da subvenção forem reconhecidas, não no ano seguinte. Com essa alteração, os créditos tributários (descontos no pagamento de tributos) poderão ser utilizados durante a execução da obra ou do investimento, não após a conclusão do empreendimento, como previa o texto original da MP.

JCP

A principal mudança aprovada foi a manutenção parcial dos juros sobre capital próprio (JCP). Esse mecanismo permite que as empresas abatam do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) parte dos lucros distribuídos aos acionistas.

Inicialmente, o governo havia proposto a extinção desse mecanismo, argumentando que estava defasado e sendo usado por grandes empresas para reduzirem o pagamento de tributos. A Câmara dos Deputados, no entanto, incluiu uma solução intermediária que visa restringir abusos no uso do JCP pelas empresas.

O fim do JCP resultaria em um aumento na arrecadação de R$ 10,5 bilhões no próximo ano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo editará medidas administrativas para aumentar a arrecadação, sem depender do Congresso, como forma de compensar a manutenção parcial do JCP.

Leilão de Transmissão termina com três lotes arrematados, diz Aneel

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O Leilão de Transmissão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na B3, em São Paulo, foi concluído com sucesso, negociando os três lotes disponíveis. Os resultados foram os seguintes:

– Lote 1: Vencedor – State Grid Brazil Holding S.A., por R$ 1.936.529.074,68, com deságio de 39,90%.
– Lote 2: Vencedor – Consórcio Olympus XVI, por R$ 239.500.000,00, com deságio de 47,01%.
– Lote 3: Vencedor – Celeo Redes S.A., por R$ 101.200.000,00, com deságio de 42,39%.

O chamado megaleilão prevê investimentos de R$ 21,7 bilhões, sendo o maior valor já anunciado. O deságio médio do certame foi de 40,85%, representando uma economia de R$ 37,9 bilhões para o consumidor final. Os três lotes contemplam 4.471 quilômetros de linhas de transmissão e subestações com capacidade de transformação de 9.840 MVA, distribuídos em Goiás, Maranhão, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins.

O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, destacou a competitividade e o significativo deságio alcançado, ressaltando a importância do leilão para a reconfiguração do sistema. O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enfatizou que, somente neste ano, foram contratados R$ 40 bilhões em linhas de transmissão no Brasil, gerando impactos positivos em diversos estados, com previsão de assinatura dos contratos de concessão em 3 de abril de 2024 e estimativa de geração de 37 mil empregos diretos e indiretos.

Caixa paga novo Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 5

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Nesta sexta-feira (15), a Caixa Econômica Federal realiza o pagamento da parcela de dezembro do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 5. Pelo terceiro mês consecutivo, o benefício inclui um adicional para mães de bebês de até seis meses de idade, conhecido como Benefício Variável Familiar Nutriz. Esse adicional corresponde a seis parcelas de R$ 50, visando garantir a alimentação das crianças.

Com o novo acréscimo, que destina R$ 20 milhões a 420 mil mães neste mês, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome anuncia a conclusão da implementação do novo Bolsa Família. Além do adicional para mães, o programa também oferece acréscimos de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos, e um adicional de R$ 150 a famílias com crianças de até 6 anos.

O valor mínimo do benefício é de R$ 600, e com o novo adicional, o valor médio do benefício sobe para R$ 680,61. Neste mês, o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 21,06 milhões de famílias, totalizando um gasto de R$ 14,25 bilhões.

Desde julho, está em vigor a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), que conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS. Essa integração permitiu a inclusão de 190 mil famílias no programa em dezembro, graças à política de busca ativa baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Desde março, 2,85 milhões de famílias foram incorporadas ao Bolsa Família.

Regra de proteção

Em dezembro, aproximadamente 2,47 milhões de famílias se enquadram na regra de proteção do Bolsa Família. Esta regra, implementada desde junho, possibilita que famílias cujos membros obtenham emprego e experimentem uma melhoria na renda recebam 50% do benefício ao qual teriam direito, por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 372,39.

Reestruturação

Desde o início do ano, o programa social voltou a ser chamado de Bolsa Família, e o valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição. Essa emenda permitiu o gasto de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício.

O adicional de R$ 150 foi incorporado ao programa em março, após o governo realizar uma revisão no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) para eliminar fraudes.

No modelo tradicional do Bolsa Família, os pagamentos ocorrem nos últimos dez dias úteis de cada mês. Em dezembro, o calendário é antecipado, e as parcelas são liberadas antes do Natal. Os beneficiários podem consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, utilizado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Auxílio Gás

Nesta sexta-feira, o Auxílio Gás será pago às famílias cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) com NIS final 5. O valor do benefício foi ajustado para R$ 104, refletindo as recentes reduções no preço do botijão.

Programado para continuar até o final de 2026, o programa beneficia cerca de 5,3 milhões de famílias. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição e da medida provisória do Novo Bolsa Família, o Auxílio Gás foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg até o final do ano.

Apenas as famílias incluídas no CadÚnico e com pelo menos um membro que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC) têm direito ao Auxílio Gás. A lei que instituiu o programa estabeleceu que a mulher responsável pela família tem preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

Desafios e Estratégias na Política: Cristovão Pinheiro destaca a importância de envolvimento em segmentos para alcançar sucesso duradouro

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Com a crescente politização de temas como religião, judiciário e segurança, torna-se uma tarefa desafiadora para os políticos se destacarem no cenário atual. A busca por visibilidade e sucesso na política muitas vezes é marcada por estratégias de marketing que proporcionam um êxito temporário, porém efêmero.