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Inovação na Nanomedicina: Terapia de luz vermelha para lesões na medula espinhal

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Em um avanço significativo para o tratamento de lesões na medula espinhal, pesquisadores da Universidade de Birmingham desenvolveram uma nova abordagem terapêutica utilizando luz vermelha e infravermelha. Esta técnica, conhecida como fotobiomodulação (PBM), tem mostrado um potencial notável na promoção da reparação e regeneração nervosa diretamente no local da lesão.

Juízes federais anunciam greve em protesto ao afastamento de magistrada da Operação Lava Jato

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A Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe) anunciou uma greve em reação ao afastamento da juíza Gabriela Hardt e outros magistrados vinculados à Operação Lava Jato pelo corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão. A Apajufe defende que os juízes afastados têm longas carreiras sem sanções e que a decisão de Salomão enfraquece a independência judicial. Salomão justifica os afastamentos alegando violações éticas e potenciais infrações criminais por parte de Hardt, relacionadas à sua conduta na condução de processos da Lava Jato.

São Paulo sediará o III Congresso Brasileiro de Nanomedicina e I Congresso Latino-Americano em setembro de 2025

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Em setembro de 2025, a cidade de São Paulo será o palco do III Congresso Brasileiro de Nanomedicina e do I Congresso Latino-Americano de Nanomedicina, eventos pioneiros dedicados ao avanço e à discussão da nanotecnologia na medicina. Organizado pela Sociedade Brasileira de Nanomedicina, o congresso promete reunir os mais eminentes profissionais e acadêmicos do setor, vindos de diversas partes do mundo, para trocar conhecimentos, experiências e as mais recentes descobertas na área.

Lula e Arthur Lira se reúnem para tratar da relação entre poderes

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Na manhã desta sexta-feira (9), no Palácio da Alvorada, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se reuniram a sós. O encontro aconteceu em meio a uma animosidade do presidente da Câmara com membros do governo federal, o que poderia afetar o progresso da agenda de interesse do governo no Congresso Nacional. Após a reunião, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, informou aos jornalistas que a reunião entre os chefes de poderes foi eficaz. “O presidente Lula nos informou que a reunião foi muito positiva”, disse o ministro, que não participou do encontro. Padilha é apontado como principal alvo das queixas de Lira devido a acordos políticos que não estariam sendo cumpridos. Durante o discurso de abertura do ano legislativo nesta semana, Arthur Lira declarou que não ficará inerte este ano devido às eleições municipais e alegadas disputas políticas entre os poderes. Lira também exigiu que o governo federal cumpra os acordos firmados com os deputados federais como contrapartida à aprovação de pautas consideradas prioritárias. O discurso foi interpretado como uma crítica sobre a relação política com o Poder Executivo. Apesar disso, Padilha expressou otimismo após a conversa entre Lula e Lira. “Teremos um ambiente positivo tanto no Senado quanto na Câmara”, assegurou. Segundo ele, a agenda prioritária do governo no Congresso inclui a regulamentação da reforma tributária e o equilíbrio das contas públicas. Além disso, Padilha destacou que temas como ampliação de crédito para micro e pequenas empresas, investimento em logística, transição ecológica e a mudança no Novo Ensino Médio também serão foco de atenção. O ministro da articulação política do governo federal evitou comentar sobre sua relação com Lira e reiterou o papel de diálogo institucional que os poderes devem manter. “A questão central é que o governo mantém diálogo, nunca rompeu qualquer diálogo e nunca romperá”, afirmou.

Reunião com líderes

Padilha e o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), concederam uma entrevista conjunta e anunciaram que o presidente Lula se reunirá com todos os líderes da base de governo após retornar de uma viagem internacional à próxima semana ao Egito e à Etiópia, como parte dos esforços para fortalecer os laços com o continente africano.

Bolsonaro reconhece caráter eleitoreiro da PEC das Bondades, em vídeo

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Em uma reunião com a equipe de governo no Palácio do Planalto, dois dias antes de a comissão especial da Câmara dos Deputados aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 15 – a chamada PEC das Bondades – o então presidente Jair Bolsonaro admitiu o caráter eleitoreiro da medida. “A PEC das Bondades é necessária. Apesar de não ter sido feita para a eleição, não tem como não ganharmos a simpatia da população”, disse Bolsonaro ao abrir a reunião do dia 5 de julho de 2022, cujo registro em vídeo agora faz parte das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do estado democrático de direito. O vídeo é uma das provas apresentadas pelo STF no âmbito da Operação Tempus Veritatis, deflagrada na quinta-feira (8) pela Polícia Federal para investigar uma suposta organização criminosa cuja atuação teria resultado na tentativa malsucedida de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. “Não tem como. Depois desta PEC da Bondade – a gente não está pensando nisso – termos 70% dos votos, mas vamos ter 49% dos votos”, cravou Bolsonaro, criticando os institutos de pesquisa que, àquela altura, apontavam que o petista Luiz Inácio Lula da Silva liderava as pesquisas de intenção de voto. “Vemos que o [Instituto] DataFolha continua mantendo a posição de 45% e, por vezes, falando que ele ganha no primeiro turno. Acho que ele ganha sim. As pesquisas estão exatamente certas. De acordo com os números que estão dentro dos computadores do TSE”, comentou Bolsonaro, voltando a questionar a segurança das urnas eletrônicas e o processo eleitoral brasileiro.

Corrida presidencial

O Datafolha na ocasião apontou que Lula liderava a corrida presidencial, alcançando 41% das intenções de voto no primeiro turno, contra 23% de Bolsonaro. Em um segundo turno contra Bolsonaro, Lula levaria ampla vantagem, com uma margem de 55% a 32%. A reunião de governo ocorreu no dia 5 de julho, seis dias após o Senado aprovar a PEC das Bondades. Dois dias depois, a comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou o parecer de emenda constitucional. Os deputados aprovaram o texto-base da proposta. Faltando cerca de 100 dias para as eleições, a PEC nº 15 autorizou o governo federal a decretar estado de emergência no país para ampliar o pagamento de benefícios sociais até o fim do ano de 2022. Cerca de R$ 41,25 bilhões foram destinados à expansão do programa Auxílio Brasil e do vale-gás de cozinha; ao reforço do programa Alimenta Brasil e para custear o auxílio financeiro pago a caminhoneiros e taxistas.

Em vídeo, Bolsonaro orienta ministros a questionar urnas e Judiciário

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Nesta sexta-feira (9), o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou público um vídeo com duração de uma hora e trinta minutos, de uma reunião na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro orienta sua equipe ministerial a disseminar informações que coloquem em dúvida a segurança das urnas eletrônicas e a credibilidade do Poder Judiciário. Bolsonaro expressa a necessidade de “providências” para mantê-lo no poder. Ao longo do vídeo, ele menciona uma série de argumentos que devem ser reproduzidos por seus ministros. Gravado em 5 de julho de 2022, o vídeo é uma das provas apresentadas pelo STF no âmbito da Operação Tempus Veritatis, deflagrada na quinta-feira (8) pela Polícia Federal para investigar uma suposta organização criminosa cuja atuação teria resultado em uma tentativa malsucedida de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. Demonstrando preocupação com uma possível vitória do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro exige que seus ministros adotem discursos críticos em relação a instituições como o STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele menciona também a busca por apoio junto a embaixadores. “Vamos esperar chegar a 2023, 2024 para se f…? [e depois se perguntar] ‘por que eu não tomei uma providência lá atrás?’”, questionou Bolsonaro em um trecho do vídeo, ordenando em seguida aos ministros que sempre adotem o mesmo discurso do presidente.

“Falem o que vou falar”

Segundo Bolsonaro, a “providência” a ser tomada não envolveria o uso de força. Dirigindo-se ao ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, Bolsonaro acrescenta: “Não é dar tiro. ‘Ah, Paulo Sérgio, vamos botar as tropas nas ruas, tocar fogo e metralhar’. Não é isso. Daqui para frente, quero que todo ministro fale o que vou falar aqui. E se o ministro não quiser falar, vai ter que falar para mim por que ele não quer falar… Agora, se não tiver argumentos para me demover do que eu vou mostrar, não vou querer papo com este ministro. Está no lugar errado”. “Nós sabemos que, se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil. Vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira, o Brasil. Agora, alguém tem dúvida de que a esquerda, como está indo, vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos. Eles vão ganhar as eleições”, diz o ex-presidente. Mais adiante no vídeo, Bolsonaro diz saber que não ganhará “guerra de papel e caneta” e cobra mais contundência nos discursos dos ministros, além de afirmar que fará o mesmo junto a embaixadores.

Embaixadores

“A gente tem que ser mais contundente, como vou começar a ser com os embaixadores. Porque, se aparece o Lula com 51% no dia 2 de outubro, acabou. A gente deve reagir ou vai ser um caos. Vai pegar fogo no Brasil”, disse. Em outro momento do vídeo, Bolsonaro mencionou uma reunião planejada com “metade dos embaixadores” e afirmou que, na semana seguinte, conversaria com “a outra metade”, além de autoridades do Judiciário, para mostrar o que, segundo ele, “estaria acontecendo”. Bolsonaro então levantou suspeitas sobre a atuação dos ministros do STF Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. “Os caras estão preparando tudo para o Lula ganhar no primeiro turno, na fraude”. “Alguém tem dúvida do que vai acontecer no dia 2 de outubro? Qual resultado que vai estar às 22h na televisão? Alguém tem dúvida disso? Aí a gente vai ter que entrar com um recurso no Supremo Tribunal Federal. Vai pra p…. Ninguém quer virar a mesa, ninguém quer dar o golpe. Ninguém quer botar a tropa na rua, fechar isso, fechar aquilo. Mas nós estamos vendo o que está acontecendo. Vamos esperar o quê?”, acrescentou.

Mais críticas

As críticas ao STF continuam. “O nosso Supremo aqui é um poder à parte. É um super-supremo. Ele decide tudo. Muitas vezes fora das quatro linhas. Não dá para gente ganhar o jogo com o pessoal atirando tijolo da arquibancada em cima dos jogadores nossos, com juízes que a toda hora dão impedimento. É difícil a gente ganhar o jogo assim”. Na decisão apresentada pelo STF, o ministro Alexandre de Moraes diz que a investigação da PF concluiu que a “organização criminosa” atuava em cinco eixos, e que um deles seria dedicado a atacar “as instituições (STF, TSE), o sistema eletrônico de votação e a higidez do processo eleitoral”. “Na presente representação, a Polícia Federal enumera os núcleos de atuação do grupo criminoso, existentes e atuantes para operacionalizar medidas para desacreditar o processo eleitoral; planejar e executar o golpe de Estado e abolir o Estado Democrático de Direito, com a finalidade de manutenção e permanência de seu grupo no poder”, afirmou o ministro.

Setor de serviços avança 2,3% em 2023, revela o IBGE

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Em 2023, o setor de serviços registrou um crescimento de 2,3%, marcando o terceiro ano consecutivo de expansão. Em dezembro passado, o volume de serviços no Brasil aumentou 0,3%, marcando o segundo resultado positivo consecutivo. Nos últimos dois meses do ano, houve um avanço acumulado de 1,2%, recuperando parte da perda de 2,1% registrada entre agosto e outubro. Comparado a dezembro de 2022, os serviços tiveram um recuo de 2,0%, o mais intenso desde janeiro de 2021, quando a queda foi de 5,0%. Nos últimos 12 meses, o ritmo de queda dos serviços diminuiu, passando de um recuo de 3,1% em novembro para 2,3% em dezembro de 2023. Esses dados são parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro. A série histórica revela que, com o aumento de 0,3% em dezembro, o setor de serviços ficou 11,7% acima do nível pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e 1,7% abaixo do ponto mais alto da série em dezembro de 2022. De acordo com o IBGE, a última vez que o setor de serviços registrou crescimento por três anos consecutivos foi entre 2012 e 2014, com um ganho de 11,3%. No triênio atual, de 2021 a 2023, a evolução foi ainda mais expressiva, com um avanço de 22,9%. O crescimento de 2,3% registrado em 2023 foi o menos intenso da sequência, sendo que em 2021 a alta foi de 10,9% e em 2022, de 8,3%. O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, explicou que em 2021 e 2022 houve uma base de comparação elevada, resultado tanto da retomada do setor após o período de isolamento da pandemia de covid-19 quanto dos ganhos extraordinários dos segmentos de serviços de tecnologia da informação e do transporte de cargas. Ele afirmou que apresentar expansão sobre dois anos que cresceram substancialmente é algo relevante.

Atividades

Quatro das cinco atividades da Pesquisa Mensal de Serviços registraram taxas positivas em 2023. A pesquisa também indicou que 55,4% dos 166 tipos de serviços analisados tiveram crescimento. Os serviços de informação e comunicação (3,4%) e os serviços profissionais, administrativos e complementares (3,7%) foram os destaques. “No primeiro, os principais impactos foram do aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de telecomunicações; desenvolvimento e licenciamento de softwares; desenvolvimento de programas de computador sob encomenda; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na internet; e portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet”, detalhou o IBGE. A expansão da locação de automóveis, dos serviços de engenharia, das cobranças e informações cadastrais, das atividades de intermediação de negócios em geral e das agências de viagens favoreceu o resultado dos serviços profissionais, administrativos e complementares. “Atividades que se fortaleceram no contexto pós-pandemia colocaram o setor de serviços em patamares elevados. Houve, por exemplo, aumentos consideráveis nos serviços voltados às empresas, notadamente os serviços de TI [tecnologia da informação]”, observou o gerente. Neste contexto, ele ressaltou o transporte rodoviário de carga, que influenciou o avanço de 1,5% nas atividades de serviços de transportes, serviços auxiliares aos transportes e Correios. “É um segmento que cresceu, num primeiro momento na esteira do aumento do comércio eletrônico e que ganhou novos impulsos com a expansão da produção agrícola, na medida em que se cria a necessidade de transporte de insumos, como adubos e fertilizantes, além de operar o próprio escoamento da colheita”, explicou.

Famílias

Os serviços prestados às famílias registraram alta de 4,7% e encerraram o ano com atividades em expansão. O único setor a apresentar resultado negativo foi o de outros serviços, com uma retração de 1,8%. Isso se deveu à menor receita proveniente de serviços financeiros auxiliares; administração de fundos por contrato ou comissão; corretoras de títulos e valores mobiliários; e administração de bolsas e mercados de balcão.
Segundo o pesquisador, o resultado de 2023 seguiu a tendência observada em 2022. “Com a retomada após o período de isolamento da pandemia, houve uma redistribuição da renda disponível das famílias, com redução das aplicações financeiras e aumento do consumo de bens e serviços, que estavam mais represados nos períodos de maior incerteza”, explicou.

Estados

Das 27 unidades da federação, 25 tiveram elevação na receita real de serviços, com resultados positivos em Minas Gerais (7,7%), Paraná (11,2%), Rio de Janeiro (3,3%), Mato Grosso (16,4%), Santa Catarina (8,0%) e Rio Grande do Sul (4,4%). As quedas foram registradas em São Paulo (-1,8%) e Amapá (-2,2%). Pela primeira vez, o setor de serviços prestados à família ultrapassou o patamar pré-pandemia em dezembro de 2023. Essa era a única atividade da pesquisa que ainda não havia conseguido esse desempenho. Em dezembro, houve uma alta de 3,5%, levando os serviços prestados às famílias ao maior nível desde fevereiro de 2016. “É um setor que, pouco a pouco, foi eliminando as perdas da pandemia. Houve uma mudança na configuração das atividades. Os serviços de aplicativos de entrega, por exemplo, acabaram se apropriando de uma parte das receitas dos restaurantes, havendo, assim, uma transferência de receita entre dois setores do setor de serviços”, exemplificou Lobo. Apesar da retomada em bom ritmo da atividade turística, que auxilia a melhoria do setor de alojamento e alimentação, fundamental para a atividade de serviços prestados às famílias, o retorno ainda gradual ao trabalho presencial ou híbrido também explica o ritmo mais lento de retomada. “Ainda há um grande contingente de pessoas trabalhando de maneira remota, o que ajuda a transferir receita dos serviços (restaurantes) para o comércio (supermercado), por exemplo”, relatou Lobo.

Alta nos transportes

Os setores de transportes também foram destacados com um aumento de 1,3%. Esse resultado interrompe uma sequência de períodos negativos consecutivos, que resultaram em uma perda acumulada de 5,4%. Em movimento contrário, a atividade de serviços de informação e comunicação teve uma variação positiva de 0,2%, marcando a terceira taxa positiva consecutiva. O ganho acumulado ficou em 1,8%. As quedas foram observadas nos serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,7%) e nos outros serviços (-1,2%). Em dezembro, 18 das 27 unidades da federação registraram crescimento. “A alta mais significativa veio de São Paulo (0,6%), seguido pelo Distrito Federal (2,8%), Santa Catarina (1,8%) e Paraná (0,8%). Em contrapartida, Rio de Janeiro (-2,6%), seguido por Minas Gerais (-1,4%), Mato Grosso (-2,6%) e Mato Grosso do Sul (-4,1%), foram os principais declínios”, informou o IBGE. Na comparação entre dezembro de 2023 e dezembro de 2022, a pesquisa mostrou uma evolução de 1,4%, marcando a 33ª taxa positiva consecutiva.

Indicadores

Para o IBGE, a Pesquisa Mensal de Serviços gera indicadores para o Brasil, permitindo acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços no país. Nas análises, os pesquisadores investigam “a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação”. A próxima divulgação do estudo – referente a janeiro de 2024 – está prevista para o dia 15 de março próximo.

“Ação insensata”, diz Pacheco sobre minuta de golpe de Estado

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Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso Nacional e do Senado, condenou como “ação insensata” a preparação de uma minuta de decreto com teor golpista, que incluía a prisão dele próprio e de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Pacheco afirmou em nota: “Ação insensata encabeçada por uma minoria irresponsável, que previa impor um Estado de exceção e prisão de autoridades democraticamente constituídas. Agora, cabe à Justiça o aprofundamento das investigações para a completa elucidação desses graves fatos”. A existência do decreto veio à tona após a deflagração da Operação Tempus Veritates pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (8). Foram realizadas 48 medidas cautelares, incluindo 4 mandados de prisão. O ex-presidente Jair Bolsonaro, seus ex-assessores e aliados estão sendo investigados. Na decisão que autorizou a operação, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, citou trechos de um relatório policial segundo o qual o documento foi discutido em uma reunião com Bolsonaro em 2022. De acordo com o relatório da PF, o plano era promover um golpe de Estado através de uma intervenção na Justiça Eleitoral e, em seguida, prender Pacheco, Moraes e também o ministro Gilmar Mendes, do Supremo. As investigações apontam que Bolsonaro teria ordenado alterações no documento, deixando apenas o nome de Moraes entre os presos. A minuta de decreto teria sido entregue a Bolsonaro por seu assessor especial para Assuntos Internacionais, Filipe Martins, que foi preso pela PF. Os investigadores identificaram o advogado Amauri Feres como mentor intelectual do documento, e ele foi alvo de busca e apreensão.

Lula anuncia R$ 121,4 bilhões em investimentos do PAC em Minas Gerais

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Nesta quinta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou um balanço das ações do governo federal em Minas Gerais e anunciou novos investimentos, incluindo R$ 121,4 bilhões do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Desse total, R$ 36,7 bilhões serão destinados a obras exclusivas do estado, enquanto R$ 84,8 bilhões serão investidos em empreendimentos regionais que englobam Minas Gerais. Além dos recursos mencionados, o estado também será beneficiado pelo PAC Seleções, que tem como objetivo atender projetos prioritários apresentados por prefeitos e governadores em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura social e urbana, e mobilidade. Na primeira etapa, estão previstos R$ 65,5 bilhões em investimentos em todo o país. Durante o evento em Belo Horizonte, Lula destacou que a escolha das obras e ações resultou de diálogo e construção coletiva entre os gestores federais, estaduais e municipais. Lula ressaltou: “O que estamos anunciando não é uma ideia do governo federal, mas sim o resultado do compartilhamento de uma política pública civilizatória que decidimos adotar no país, porque o papel do presidente da República não é se preocupar com a filiação partidária do governador, mas sim com o povo do estado que elegeu o seu governador”. Ele também abordou um problema recorrente no país: a descontinuidade de obras de um governo para o outro. “Todo governante que assume quer deixar sua marca. Se uma obra importante foi realizada por um governo anterior, ele interrompe sem hesitação, para fazer a sua própria, porque quer deixar sua marca. Sua marca não é melhorar a qualidade de vida do povo do estado, mas sim construir seu viaduto, sua ponte, sua estrada. Isso é um equívoco, pois a qualidade do trabalho de um estado é medida pelo conjunto das obras realizadas”, destacou. O evento contou com a presença do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de diversos ministros de Estado e outras autoridades. Os anúncios do Novo PAC incluem ações nas áreas de energia, saúde, educação e rodovias. Entre eles, destacam-se a retomada das obras do Hospital Universitário de Juiz de Fora, o acordo para o uso futuro do terreno do aeroporto Carlos Prates, na capital mineira, propostas de apoio a agricultores afetados pela seca no norte do estado e a criação de oito institutos federais. O mapa de obras no Novo PAC, por estado, está disponível na página da Casa Civil da Presidência, responsável pela coordenação do programa.

Inflação de janeiro fica em 0,42%, pressionada pela alta dos alimentos

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação oficial no mês de janeiro foi de 0,42%, impulsionada principalmente pela alta no preço dos alimentos. Essa taxa é menor que os 0,56% registrados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês anterior, dezembro. Em um período de 12 meses, o índice totaliza 4,51%. O IBGE divulgou esses dados nesta quinta-feira (8). No mês de janeiro, o grupo alimentação e bebidas, que possui maior peso na cesta de consumo das famílias (21,12%), teve um aumento de 1,38%. Isso representa um acréscimo de 0,29 ponto percentual (p.p.) no IPCA do mês. Essa é a maior elevação de alimentos e bebidas para o mês desde 2016, quando o grupo registrou um aumento de 2,28%. De acordo com o IBGE, os principais motivos que causaram o aumento nos preços dos alimentos no início de 2024 foram fatores climáticos. “André Almeida, gerente da pesquisa, explica: ‘O aumento nos preços dos alimentos é relacionado, principalmente, à temperatura alta e às chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país’.”

Custos da alimentação

Entre os alimentos que mais impactaram o orçamento do brasileiro estão a cenoura (43,85%), batata-inglesa (29,45%), feijão-carioca (9,70%), arroz (6,39%) e frutas (5,07%). André Almeida destaca: “Historicamente, há um aumento nos preços dos alimentos nos meses de verão, devido aos fatores climáticos, que afetam a produção, especialmente dos alimentos in natura, como os tubérculos, as raízes, as hortaliças e as frutas. Neste ano, isso foi intensificado pela presença do El Niño.” O pesquisador também explica que no caso do arroz, a Índia, maior produtora mundial, enfrentou problemas climáticos que afetaram a produção e reduziu as exportações no segundo semestre de 2023. Isso resultou em menos produto disponível para venda e, consequentemente, um aumento nos preços.

Transportes

O grupo transportes, o segundo de maior peso na cesta mensal das famílias (20,93%), contribuiu para conter a inflação em janeiro. Houve uma deflação, ou seja, uma queda nos preços, de 0,65%. O alívio veio de um dos principais responsáveis pelos aumentos nos últimos meses: o preço das passagens aéreas. Após terem aumentado 82,03% entre setembro, outubro, novembro e dezembro do ano passado, os bilhetes vendidos pelas companhias aéreas tiveram uma redução média de 15,22% em janeiro de 2024. Esse foi o item que teve o maior impacto negativo em todo o IPCA. Dentro do grupo dos transportes, também houve uma diminuição nos preços dos combustíveis (-0,39%), com quedas no preço do etanol (-1,55%), óleo diesel (-1,00%) e gasolina (-0,31%). “Como a gasolina é o subitem de maior peso individual no IPCA, essa queda de preços em janeiro ajudou a conter o resultado geral do índice”, analisa o gerente do IBGE. O gás veicular, com um aumento de 5,86%, foi o único dos combustíveis pesquisados a ter alta no mês. No terceiro grupo com maior peso no orçamento familiar (15,31%), a habitação teve um aumento de 0,25%. Em relação aos últimos 12 meses, o IPCA é considerado a inflação oficial do país e é utilizado pelo Banco Central para atingir a meta oficial de inflação (3% no acumulado de 12 meses, com uma tolerância de 1,5 p.p para mais ou para menos). O índice calcula o custo de vida de famílias que ganham entre um e 40 salários mínimos. Com o resultado de janeiro, o acumulado de 12 meses diminuiu de 4,62% para 4,51%. Esta é a quarta redução consecutiva neste acumulado. No mesmo mês do ano passado, o IPCA tinha sido de 0,53%.

INPC

O IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nesta quinta-feira. Ele mede a inflação para famílias com renda de um a cinco salários mínimos, sendo sua principal diferença em relação ao IPCA. Em janeiro, o INPC registrou um aumento de 0,55%, superando o IPCA devido ao maior peso do grupo alimentação e bebidas para as pessoas nessa faixa de renda. Em outras palavras, quanto menor a renda, maior é o gasto proporcional com comida. Nos últimos 12 meses, o índice acumula uma alta de 3,82%.