Lula participa de comemoração de 90 anos da USP

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Na noite desta quinta-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da cerimônia de celebração dos 90 anos da Universidade de São Paulo (USP) na Sala São Paulo, região central da cidade. Durante a cerimônia, a Universidade concedeu a Medalha Armando de Salles Oliveira a entidades que desempenharam papel de grande relevância na parceria com a USP ao longo dos anos. Instituída em 2008, a medalha é uma homenagem da Universidade às pessoas e instituições que contribuem para sua valorização e desenvolvimento, sendo Lula um dos contemplados.

Em seu discurso, Lula parabenizou a universidade pela formação de inúmeras autoridades que serviram no governo e personalidades que contribuíram para o desenvolvimento e crescimento do país, continuando a prestar seus serviços. Ele expressou sua gratidão à USP, mesmo não tendo tido a oportunidade de estudar lá, destacando o papel fundamental desempenhado por mulheres e homens da USP na construção do país.

Lula também enfatizou que a USP, a cada dia, reflete cada vez mais a diversidade do Brasil, não sendo mais concebida apenas como o centro de São Paulo, mas como a representação do povo brasileiro, especialmente da periferia. Ele destacou que atualmente mais da metade dos estudantes da USP provêm de escolas públicas, demonstrando que, mesmo com a implementação do sistema de cotas, a Universidade de São Paulo está evidenciando que fazer parte do centro do conhecimento não requer ter nascido em berço de ouro.

O presidente reforçou a importância do esforço individual e da aproveitar as oportunidades oferecidas pelo governo para a juventude menos favorecida, ressaltando que é possível alcançar o berço do conhecimento independentemente da origem socioeconômica.

Montadoras de automóveis anunciam R$ 10 bi de investimentos no Brasil

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Nesta quarta-feira (24), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu representantes de duas multinacionais fabricantes de automóveis, que anunciaram investimentos que totalizam R$ 10 bilhões nos próximos anos.

No primeiro encontro, realizado no Palácio da Alvorada, a residência oficial, Lula recebeu representantes da companhia chinesa BYD, especializada na fabricação de carros elétricos. A empresa assumiu a planta industrial da Ford em Camaçari, na Bahia, onde planeja investir R$ 3 bilhões nos próximos anos. Esta será a primeira fábrica da gigante asiática nas Américas. Durante o encontro, o presidente recebeu um carro elétrico da BYD para uso pela Presidência da República, em regime de comodato (empréstimo gratuito).

Lula destacou nas redes sociais: “Estima-se que serão mais de 10 mil postos de trabalho criados e R$ 3 bilhões de investimentos, fomentando a economia local e contribuindo para uma maior produção de veículos sustentáveis a partir de energia limpa. O Brasil com mais investimentos construindo o futuro”.

Posteriormente, no Palácio do Planalto, o presidente se encontrou com o presidente da General Motors International, Shilpan Amin, e o presidente da empresa para a América do Sul, Santiago Chamorro. Os executivos anunciaram um plano de investimentos da empresa no Brasil, no valor de R$ 7 bilhões até 2028. A GM é a detentora da marca Chevrolet, como é conhecida no Brasil.

O presidente comentou nas redes sociais: “Esses investimentos vêm em boa hora, com a retomada do crescimento econômico brasileiro com programas como Novo PAC e a Nova Política Industrial. Reindustrialização e compromisso com o desenvolvimento sustentável”.

Mercado livre de energia já conta mais de 3 mil consumidores

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Desde o início do ano, mais de 3 mil consumidores notificaram o encerramento dos contratos com distribuidoras de energia elétrica para migrar para o mercado livre de energia. Este é o primeiro mês de vigência da abertura desse modelo para consumidores do grupo A, de média e alta tensão, que agora têm essa opção, anteriormente disponível apenas para as grandes indústrias.

A mudança pode reduzir as contas de energia dessas empresas em torno de 20%. Marcelo Loureiro, conselheiro da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que integra geradores, distribuidores, comercializadores e consumidores de energia elétrica no país, afirma que o potencial de novos negócios que podem se beneficiar do mercado livre de energia é enorme.

“Mais de 12 mil pequenas e médias empresas já demonstraram interesse em ingressar no ambiente livre para todos os meses de 2024. Estimamos que, ao todo, teremos algo entre 20 e 24 mil empresas aderindo. Para ter uma ideia do que representa tal volume, atualmente temos 38 mil unidades consumidoras que já estão no segmento livre. Isso significa que a quantidade de aderentes pode aumentar esse número em até 50% só neste ano.”

De acordo com portaria do Ministério de Minas e Energia, os consumidores devem escolher um comercializador varejista habilitado na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Mais de 100 agentes varejistas já estão habilitados.

Ao ingressar no mercado livre de energia, os consumidores continuam vinculados às distribuidoras, que são responsáveis pela rede por onde a energia passa. No entanto, podem escolher o fornecedor, assim como o tempo de contrato, preço e tipo de energia, podendo optar, por exemplo, por fontes de energias renováveis.

Dante Beneveni, CEO da Urca Trading, empresa do Grupo Urca Energia, uma das empresas comercializadoras habilitadas para atuar no mercado livre de energia, afirma que a redução de custos pode chegar a três faturas por ano e menciona outros benefícios.

“Poder de escolha, possibilidade de ter mais opções de fornecedor de energia e não ficar restrito àquela distribuidora onde está conectado. E produtos, com a possibilidade de diversificação, seja falando só em energia, produto com desconto garantido ou com preço fixo, ele [consumidor] podendo escolher entre custo e benefícios, com a popularização da energia do mercado livre, iniciando com o atacarejo e depois indo para o varejo de fato. Assim como aconteceu lá fora, a tendência é que esse produto de energia venha para o mercado com novos produtos.”

A medida deve beneficiar indústrias e serviços de pequeno e médio porte, como supermercados, padarias, redes de postos de combustíveis e outros negócios que estejam no grupo A de consumo. Essa informação pode ser conferida na conta de energia.

Ministério do Planejamento publica edital de concurso com 100 vagas

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Nesta quarta-feira (24), o Ministério do Planejamento e Orçamento publicou no Diário Oficial da União (DOU) o edital do concurso destinado ao preenchimento de 100 vagas imediatas de nível superior.

As oportunidades são todas voltadas para a carreira de analista de planejamento e orçamento, abrangendo oito especialidades e aceitando candidatos de qualquer área de formação. O salário inicial para a carga de trabalho de 40 horas semanais é de R$ 20.924,80, acrescido de R$ 658 de auxílio-alimentação.

Além das vagas imediatas, o concurso prevê a aprovação de mais 271 candidatos para a formação de cadastro de reserva. Todas as vagas têm como local de lotação Brasília. Deste total, 20% são reservadas para candidatos negros e 5% para pessoas com deficiência.

As inscrições estarão abertas de 31 de janeiro a 21 de fevereiro, com taxa de R$ 100. Os inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e doadores de medula óssea têm direito à isenção de taxa.

A totalidade dos procedimentos de inscrição, incluindo pedidos de isenção de taxa, deve ser realizada no site da banca responsável, que é a Cebraspe.

A prova objetiva está agendada para 28 de abril, a ser realizada em Brasília e nas 26 capitais. Com um formato de certo e errado, a prova contará com 200 questões – 100 de conhecimentos gerais e 100 de conhecimentos específicos.

A prova discursiva está programada para 9 de junho e abordará a redação de um parecer sobre planejamento e orçamento público, uma questão sobre a realidade brasileira e uma dissertação sobre os conhecimentos específicos do cargo escolhido pelo candidato.

O edital também prevê a avaliação de títulos, conferindo pontos para detentores de diplomas de especialização, mestrado e doutorado, sendo esta etapa exclusiva para os aprovados na prova discursiva.

Vendas de supermercados têm alta de 3% em 2023

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A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou nesta quarta-feira (24) que os supermercados registraram um crescimento de 3,09% nas vendas em 2023, em comparação com o ano anterior. Em dezembro do ano passado, o setor apresentou uma alta de 10,73% em relação ao mesmo mês de 2022.

Marcio Milan, vice-presidente da Abras, avalia que o cenário econômico ao longo do ano favoreceu a expansão do consumo. Ele enfatizou que a menor inflação nos preços dos alimentos para consumo no domicílio, em comparação com o consumo fora do lar, foi um fator crucial para o crescimento do consumo das famílias ao longo do ano. Entre outros elementos positivos, Milan destacou a queda no desemprego e os programas sociais.

Para o ano de 2024, a projeção da Abras é de um crescimento de 2,5%. Segundo Milan, o controle da inflação está permitindo a recomposição do poder de compra dos consumidores, e o reajuste do salário mínimo acima da inflação oficial também deve impulsionar as compras nos próximos meses.

O vice-presidente da associação afirmou que o cenário macroeconômico aponta para um crescimento gradual do consumo ao longo do ano, acompanhando as sazonalidades, o comportamento das principais safras, os fatores climáticos, como excesso de chuva, secas e ondas de calor, e a demanda internacional de alimentos.

Além disso, a Abras destaca o efeito do pagamento do abono salarial do PIS/Pasep, que deve destinar R$ 28 bilhões a 25 milhões de trabalhadores.

Lewandowski diz que vai dar continuidade ao trabalho de Dino no MJ

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O recém-nomeado ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, expressou sua intenção de dar continuidade ao trabalho de Flávio Dino à frente da pasta, com “pequenos ajustes”. Ele fez essa declaração durante uma reunião na tarde desta terça-feira (23), realizada para que o antecessor apresentasse as pautas do ministério a Lewandowski.

A nomeação de Lewandowski para o cargo de ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública foi oficializada ontem, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). No entanto, o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva estabelece que a nomeação seja válida a partir do dia 1º de fevereiro.

Em entrevista à imprensa, Dino destacou que o processo de transição começou na segunda-feira, com uma primeira conversa sobre informações essenciais para o bom funcionamento do ministério. Nesta terça-feira, ocorreu a apresentação das equipes, tanto a já definida por Lewandowski quanto a equipe atual do Ministério da Justiça.

Lewandowski afirmou em sua breve fala que dará importância ao tema da segurança pública, destacando que isso impacta o desenvolvimento harmonioso do país e a convivência social pacífica. Ele expressou otimismo em relação aos desafios e à necessidade de enfrentar a questão da segurança.

O novo ministro já definiu pelo menos três nomes para cargos-chave: Manoel Carlos de Almeida Neto para a secretaria-executiva, Mário Sarrubbo para a secretaria nacional de Segurança Pública e Ana Maria Neves para a chefia de gabinete do ministro.

Quanto ao novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, a posse na corte está prevista para o dia 22 de fevereiro, quando serão retomados os trabalhos do Poder Judiciário. Antes disso, ele atuará temporariamente no Legislativo, reassumindo o cargo de senador do Maranhão.

Extrato de benefícios do INSS com correção já pode ser consultado

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Os canais de atendimento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já disponibilizam a conferência do valor de benefícios e auxílios referentes ao mês de janeiro a partir desta terça-feira (23). Os extratos agora refletem os reajustes vinculados ao aumento do salário mínimo e à correção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Conforme anunciado pelo instituto por meio de nota, os créditos para aqueles que recebem até um salário mínimo serão depositados entre 25 de janeiro e 7 de fevereiro. Cerca de 26 milhões de beneficiários verão seus pagamentos ajustados em 6,97%.

Já os beneficiários que recebem acima de R$ 1.412, que é o valor do piso nacional, terão seus pagamentos realizados em 1º de fevereiro. Esses mais de 13 milhões de beneficiários experimentarão um aumento de 3,71%.

Quanto aos segurados que recebem acima do piso e começaram a receber o benefício em 2023, os valores serão reajustados proporcionalmente ao mês de concessão, variando de 0,55% para aqueles que começaram a receber em dezembro até o percentual total de 3,71% para os beneficiários de janeiro de 2023.

A conferência do extrato e a obtenção da data de pagamento podem ser realizadas tanto pelo site ou aplicativo Meu INSS quanto pela Central 135. O atendimento telefônico está disponível de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h.

Lula sanciona orçamento e veta R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares

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Nesta segunda-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, aprovada pelo Congresso Nacional no fim do ano passado. O orçamento estabelece um montante total de aproximadamente R$ 5,5 trilhões e projeta as receitas e despesas dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União para o ano fiscal.

A maior parcela dos gastos federais permanecerá destinada ao refinanciamento da dívida pública, totalizando cerca de R$ 1,7 trilhão. Este é o primeiro orçamento proposto durante o terceiro mandato da gestão Lula, visto que o orçamento de 2023 foi elaborado pelo governo anterior. O texto sancionado será publicado na edição do Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (23).

A cerimônia de sanção ocorreu no gabinete presidencial, sem acesso ao público. O único veto proposto pelo presidente da República, de aproximadamente R$ 5,6 bilhões sobre o orçamento das emendas parlamentares de comissão, foi destacado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso Nacional. A versão original aprovada pelos parlamentares previa R$ 16,7 bilhões para esse tipo de emenda, mas, com o veto, a previsão reduziu para R$ 11,1 bilhões, ainda superior ao ano anterior (R$ 7,5 bilhões). Outros tipos de emendas parlamentares, como as emendas individuais obrigatórias (R$ 25 bilhões) e as emendas de bancadas (R$ 11,3 bilhões), não sofreram alterações nos valores.

O relator da proposta, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), acolheu 7,9 mil emendas parlamentares individuais, de bancadas estaduais e de comissões, totalizando R$ 53 bilhões. Com o veto nas emendas de comissão, a previsão é que o valor global fique em torno de R$ 47,4 bilhões. O veto ainda será analisado pelo Congresso Nacional, que decidirá sobre sua manutenção ou derrubada.

Segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o veto teve como justificativa a necessidade de adequação orçamentária devido à inflação menor, que reduziu a margem de gastos do governo. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Padilha destacou que o corte de cerca de R$ 5,5 bilhões preservou integralmente saúde e educação, assim como os investimentos do PAC, segurança pública e a população mais vulnerável. Ele ressaltou pontos importantes do orçamento, como o aumento de 18% nos investimentos em saúde, elevação de 11% nos recursos para a educação e crescimento de 30% para ciência e tecnologia.

Salário mínimo

O salário mínimo estipulado no Orçamento de 2024 aumentará dos atuais R$ 1.320 deste ano para, pelo menos, R$ 1.412 em 2024. O texto destina aproximadamente R$ 55 bilhões em 2024 para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), enquanto a proposta original do governo previa R$ 61,3 bilhões para o PAC.

O Orçamento também destina quase R$ 170 bilhões para o Programa Bolsa Família em 2024. O Ministério da Educação receberá cerca de R$ 180 bilhões, valor equivalente à proposta do governo federal. O Ministério da Saúde contará com um orçamento de R$ 231 bilhões. Para o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, serão destinados R$ 3,72 bilhões. A pasta da Defesa terá um orçamento de R$ 126 bilhões.

Fundo eleitoral

A sanção de Lula manteve os R$ 4,9 bilhões definidos pelos parlamentares para o Fundo Especial de Financiamento de Campanhas Eleitorais, que serão utilizados nas eleições municipais deste ano. Esse montante é idêntico ao utilizado nas eleições nacionais de 2022. O valor inicialmente reservado pelo governo, na proposta orçamentária, era de R$ 939,3 milhões.

Governo arrecada R$ 2,31 trilhões em receitas federais em 2023

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No ano passado, a arrecadação total das receitas federais fechou em pouco mais de R$ 2,31 trilhões, conforme divulgado nesta terça-feira (23) pelo Ministério da Fazenda. Esse montante registrou uma queda de 0,12% em comparação a 2022, ajustada pela inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Em dezembro de 2023, a arrecadação totalizou R$ 232,22 bilhões, indicando um crescimento real de 5,15% em relação a dezembro de 2022, descontando o IPCA.

No que diz respeito às receitas administradas pela Receita Federal, a arrecadação foi de R$ 225,1 bilhões em dezembro de 2023, representando um aumento real, considerando o IPCA, de 5,48%. No acumulado de janeiro a dezembro de 2023, a arrecadação atingiu R$ 2,204 trilhões, com um aumento real de 1,02% pelo IPCA.

O Ministério destacou que o resultado da arrecadação foi influenciado por alterações na legislação tributária e por pagamentos atípicos, especialmente relacionados ao Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), tanto em 2022 quanto em 2023.

Ao desconsiderar os fatores não recorrentes, o ministério ressaltou que haveria um crescimento real de 3,05% na arrecadação no período acumulado e um aumento real de 4,54% na arrecadação do mês de dezembro.

Principais fatores que contribuíram para o resultado de 2023 incluem o desempenho de indicadores macroeconômicos, como produção industrial, massa salarial, valor em dólar das importações e venda de bens e serviços. A arrecadação da Receita Previdenciária registrou um crescimento real de 5%, enquanto a arrecadação do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte Capital (IRRF) teve um aumento real de 21,60%, especialmente nos itens títulos e fundos de renda fixa.

Destaques apontados pela Receita Federal incluem o IRRF-Rendimentos de Capital, com arrecadação de R$ 25,2 bilhões em dezembro, resultando em crescimento real de 21,57%. Outros pontos de destaque foram a arrecadação do PIS/Pasep e da Cofins, que fechou o mês de dezembro em R$ 39,6 bilhões, com crescimento real de 12,15%. A Receita Previdenciária alcançou uma arrecadação de R$ 79 bilhões, representando um crescimento real de 2,92%.

Haddad: isenção do IR para quem ganha até dois mínimos sai neste mês

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Hoje (23), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que está estudando a revisão da tabela de isenção do Imposto de Renda para aqueles que recebem até dois salários mínimos. A nova tabela será ajustada ao novo valor do salário mínimo, que foi atualizado de R$ 1.320 para R$ 1.412. O anúncio dessa alteração está previsto para ocorrer até o final deste mês.

O ministro, ao chegar ao ministério, onde se dirigiu aos jornalistas, comentou: “Até o fim do mês, a gente vai ter essa conta. Esse mês ainda a gente vai ter a conta, tá bom?”

Anteriormente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também abordou o tema na rede social X, afirmando que cumprirá a promessa de governo de assegurar a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até dois salários mínimos. Ele declarou: “As pessoas que ganham até 2 salários mínimos não vão pagar Imposto de Renda. Nós vamos fazer o que prometemos.”

Segundo dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco Nacional), sem a revisão, aqueles que recebem mais de dois salários voltarão a ser tributados, pois a faixa de isenção permanece inalterada na tabela, fixada em R$ 2.112.

Desconto automático

Além disso, um desconto automático de R$ 528 foi aplicado ao salário, resultando, na prática, em uma faixa de isenção de R$ 2.640, equivalente a dois salários mínimos em 2023.

Questionado sobre a possibilidade de um acordo para revogar a medida provisória (MP) que promove a reoneração da folha de pagamentos em alguns setores da economia, Haddad evitou comentar. A medida, editada no final do ano passado, prevê a reoneração gradual de 17 setores que anteriormente se beneficiavam de descontos na contribuição para a Previdência Social.