Nesta terça-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a criminalização da disseminação de informações falsas sobre a segurança e efetividade de vacinas. Durante o programa semanal “Conversa com o Presidente”, transmitido pelo Canal Gov, Lula afirmou que é necessário criminalizar aqueles que propagam mentiras sobre a vacinação, especialmente dirigidas à população brasileira, incluindo as crianças.
Lula destacou a importância de processar criminalmente aqueles que promovem propaganda contrária e disseminam desinformação, classificando-os como negacionistas e facínoras. Ele enfatizou a gravidade do tema e a necessidade de lidar com essas questões de maneira rigorosa.
A live contou com a participação da ministra da Saúde, Nísia Trindade, que apresentou um balanço das ações do governo ao longo de 2023. Ela mencionou a criação da iniciativa interministerial “Saúde com Ciência” como parte da estratégia para combater as fake news e responder preventivamente aos efeitos negativos das redes de desinformação, visando recuperar as altas coberturas vacinais no Brasil.
Nísia Trindade ressaltou que o governo enfrentou desafios, incluindo a falta de estoques das vacinas básicas para a infância, como poliomielite e sarampo. Ela destacou os esforços para organizar e garantir o abastecimento necessário para o funcionamento eficiente do sistema de vacinação.
A ministra informou que as fake news sobre vacinas incluíam narrativas falsas sobre a relação dessas vacinas com doenças como câncer, aids e diabetes. Além disso, mencionou informações incorretas sobre a vacina contra a COVID-19, como a alegação de que poderia causar modificações na corrente sanguínea ou no DNA.
Nísia Trindade expressou otimismo ao observar um aumento consolidado na cobertura vacinal, destacando o caso do HPV para adolescentes, que registrou um aumento de 60% na cobertura neste ano, sendo uma vacina crucial para a prevenção do câncer de colo de útero.