sábado, julho 27, 2024
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Economia Pressionada por alimentos, inflação de novembro sobe para 0,28%

A inflação oficial de novembro registrou um aumento, atingindo 0,28%, em comparação com outubro, quando foi de 0,24%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi influenciado principalmente pelo aumento nos preços dos alimentos. No acumulado de 12 meses, o IPCA totaliza 4,68%.

O IPCA avalia a inflação para famílias com renda de até 40 salários mínimos. O resultado dos últimos 12 meses encontra-se dentro do limite da meta estabelecida pelo governo, que é de 3,25%, com uma tolerância de 1,5%, ou seja, até 4,75%.

Alimentos e bebidas

Dentre os nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IBGE, seis apresentaram aumento de preços, com destaque para alimentos e bebidas, que registrou uma elevação de 0,63%, mais que o dobro do índice de outubro (0,31%). Essa alta contribuiu com 0,13 ponto percentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país.

André Almeida, gerente da pesquisa do IBGE, apontou as condições climáticas como responsáveis pelo aumento nos preços. Ele mencionou que as temperaturas mais altas e o aumento do volume de chuvas em diversas regiões do país impactaram a colheita de alimentos, especialmente aqueles mais sensíveis ao clima, como tubérculos, legumes e hortaliças.

No subgrupo alimentação no domicílio, os preços subiram 0,75%, impulsionados pelos aumentos na cebola (26,59%), batata-inglesa (8,83%), arroz (3,63%) e carnes (1,37%). Por outro lado, houve queda nos preços do tomate (-6,69%), cenoura (-5,66%) e leite longa vida (-0,58%).

No que diz respeito à alimentação fora de casa, houve um aumento de 0,32%, uma alta menor em comparação com outubro, que registrou 0,42%.

Serviços públicos

Outro fator que contribuiu para a aceleração da inflação em novembro foi o grupo de habitação, que registrou um aumento de 0,48%, impactando o índice em 0,07 ponto percentual. Os reajustes nos serviços públicos foram determinantes para esse resultado. A conta de luz teve um aumento de 1,07%, devido a recomposições de preços em cidades como Goiânia, Brasília, São Paulo e Porto Alegre. Já a tarifa de água e esgoto subiu 1,02%, com aumentos localizados em Fortaleza e no Rio de Janeiro.

É importante notar que, apesar de os reajustes ocorrerem em cidades específicas, eles são considerados no cálculo da média nacional do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Transportes

O grupo de transportes registrou um aumento de 0,27%, impactando o IPCA em 0,06 ponto percentual. O principal contribuidor para essa variação foi o aumento no preço das passagens aéreas, que apresentaram uma elevação de 19,12%. Esse subitem foi responsável pela maior contribuição individual, correspondendo a 0,14 ponto percentual no IPCA do mês.

Por outro lado, os preços da gasolina (-1,69%) e do etanol (-1,86%) apresentaram quedas, contribuindo para conter o aumento nos preços dos combustíveis, que registraram uma diminuição de 1,58%. Além disso, houve deflação (recuo nos preços) nos setores de artigos de residência (-0,42%), vestuário (-0,35%) e comunicação (-0,50%) durante o mês.

INPC

Nesta terça-feira (12), o IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que avalia a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos. O índice apresentou um aumento de 0,10% em novembro, registrando uma leve redução em comparação com outubro, quando foi de 0,12%. No acumulado de 12 meses, o INPC atingiu 3,85%.

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