Copom inicia oitava reunião do ano para definir taxa básica de juros

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Nesta terça-feira (12), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deu início à oitava e última reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. Na expectativa do mercado, o órgão deve reduzir a taxa dos atuais 12,25% ao ano para 11,75% ao ano, de acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal do BC com analistas de mercado.

Caso essa projeção se concretize, será o quarto corte desde agosto, quando o Copom interrompeu o ciclo de aperto monetário. Após sucessivas reduções no primeiro semestre, a inflação apresentou uma elevação na segunda metade do ano, conforme previsto por economistas.

Os membros do Copom já indicavam cortes de 0,5 ponto percentual nas reuniões do segundo semestre. No comunicado do último encontro, em novembro, o órgão destacou que a magnitude total do ciclo de flexibilização dependerá da evolução da dinâmica inflacionária.

Para o próximo ano, a expectativa dos analistas é que as reduções continuem, porém em menor medida, com a projeção de que a Selic encerre 2024 em 9,25% ao ano. As previsões para o final de 2025 e 2026 apontam uma Selic de 8,5% ao ano.

Inflação

A meta de inflação para 2023, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso estabelece um limite inferior de 1,75% e um superior de 4,75%.

No mês de novembro, o aumento nos preços dos alimentos teve um impacto significativo na inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, alcançou 0,28%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse percentual foi superior ao registrado em setembro, que apresentou uma elevação de 0,24%.

A inflação acumulada no ano atingiu 4,04%, enquanto nos últimos 12 meses o índice ficou em 4,68%.

Na última ata, o Comitê de Política Monetária (Copom) avaliou a necessidade de manter uma política monetária contracionista para consolidar a convergência da inflação para a meta em 2024 e 2025, bem como a ancoragem das expectativas. As estimativas do mercado para a inflação são de 3,93% em 2024, e 3,5% para 2025 e 2026.

No período de março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 12 vezes consecutivas, iniciando um ciclo de aperto monetário em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Após um ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes consecutivas. Antes desse ciclo de alta, a Selic havia sido reduzida para 2% ao ano, o nível mais baixo da série histórica, como resposta à contração econômica gerada pela pandemia de COVID-19, sendo mantida nesse patamar de agosto de 2020 a março de 2021.

Taxa Selic

A taxa básica de juros, conhecida como Selic, desempenha um papel crucial nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para outras taxas da economia. Essa taxa é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. O BC atua diariamente no mercado, comprando e vendendo títulos públicos federais por meio de operações de mercado aberto, a fim de manter a taxa de juros próxima ao valor definido nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

Quando o Copom decide elevar a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, impactando os preços, uma vez que taxas de juros mais altas encarecem o crédito e incentivam a poupança. Contudo, além da Selic, os bancos levam em consideração outros fatores ao determinar as taxas de juros para os consumidores, como o risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Dessa forma, taxas mais elevadas também podem dificultar a expansão da economia.

Por outro lado, ao reduzir a Selic, a tendência é que o crédito se torne mais acessível, estimulando a produção e o consumo, o que pode reduzir o controle sobre a inflação e impulsionar a atividade econômica.

No último Relatório de Inflação, o Banco Central elevou para 2,9% a projeção de crescimento para a economia em 2023, enquanto o mercado estima um crescimento de 2,92%, conforme indicado pelo boletim Focus.

No terceiro trimestre do ano, a economia brasileira cresceu 0,1% em relação ao segundo trimestre de 2023, superando as projeções. A alta acumulada no ano foi de 3,2%, posicionando o Produto Interno Bruto (PIB) novamente no maior patamar da série histórica, com um aumento de 7,2% em relação ao nível pré-pandemia registrado nos últimos três meses de 2019.

O Copom realiza reuniões a cada 45 dias, onde são apresentadas análises técnicas sobre a economia brasileira e mundial, comportamento do mercado financeiro, e membros do comitê, formado pela diretoria do BC, analisam e definem a Selic.

Economia Pressionada por alimentos, inflação de novembro sobe para 0,28%

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A inflação oficial de novembro registrou um aumento, atingindo 0,28%, em comparação com outubro, quando foi de 0,24%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi influenciado principalmente pelo aumento nos preços dos alimentos. No acumulado de 12 meses, o IPCA totaliza 4,68%.

O IPCA avalia a inflação para famílias com renda de até 40 salários mínimos. O resultado dos últimos 12 meses encontra-se dentro do limite da meta estabelecida pelo governo, que é de 3,25%, com uma tolerância de 1,5%, ou seja, até 4,75%.

Alimentos e bebidas

Dentre os nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IBGE, seis apresentaram aumento de preços, com destaque para alimentos e bebidas, que registrou uma elevação de 0,63%, mais que o dobro do índice de outubro (0,31%). Essa alta contribuiu com 0,13 ponto percentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país.

André Almeida, gerente da pesquisa do IBGE, apontou as condições climáticas como responsáveis pelo aumento nos preços. Ele mencionou que as temperaturas mais altas e o aumento do volume de chuvas em diversas regiões do país impactaram a colheita de alimentos, especialmente aqueles mais sensíveis ao clima, como tubérculos, legumes e hortaliças.

No subgrupo alimentação no domicílio, os preços subiram 0,75%, impulsionados pelos aumentos na cebola (26,59%), batata-inglesa (8,83%), arroz (3,63%) e carnes (1,37%). Por outro lado, houve queda nos preços do tomate (-6,69%), cenoura (-5,66%) e leite longa vida (-0,58%).

No que diz respeito à alimentação fora de casa, houve um aumento de 0,32%, uma alta menor em comparação com outubro, que registrou 0,42%.

Serviços públicos

Outro fator que contribuiu para a aceleração da inflação em novembro foi o grupo de habitação, que registrou um aumento de 0,48%, impactando o índice em 0,07 ponto percentual. Os reajustes nos serviços públicos foram determinantes para esse resultado. A conta de luz teve um aumento de 1,07%, devido a recomposições de preços em cidades como Goiânia, Brasília, São Paulo e Porto Alegre. Já a tarifa de água e esgoto subiu 1,02%, com aumentos localizados em Fortaleza e no Rio de Janeiro.

É importante notar que, apesar de os reajustes ocorrerem em cidades específicas, eles são considerados no cálculo da média nacional do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Transportes

O grupo de transportes registrou um aumento de 0,27%, impactando o IPCA em 0,06 ponto percentual. O principal contribuidor para essa variação foi o aumento no preço das passagens aéreas, que apresentaram uma elevação de 19,12%. Esse subitem foi responsável pela maior contribuição individual, correspondendo a 0,14 ponto percentual no IPCA do mês.

Por outro lado, os preços da gasolina (-1,69%) e do etanol (-1,86%) apresentaram quedas, contribuindo para conter o aumento nos preços dos combustíveis, que registraram uma diminuição de 1,58%. Além disso, houve deflação (recuo nos preços) nos setores de artigos de residência (-0,42%), vestuário (-0,35%) e comunicação (-0,50%) durante o mês.

INPC

Nesta terça-feira (12), o IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que avalia a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos. O índice apresentou um aumento de 0,10% em novembro, registrando uma leve redução em comparação com outubro, quando foi de 0,12%. No acumulado de 12 meses, o INPC atingiu 3,85%.

Lula: quem divulga fake news sobre vacinas deve ser criminalizado

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Nesta terça-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a criminalização da disseminação de informações falsas sobre a segurança e efetividade de vacinas. Durante o programa semanal “Conversa com o Presidente”, transmitido pelo Canal Gov, Lula afirmou que é necessário criminalizar aqueles que propagam mentiras sobre a vacinação, especialmente dirigidas à população brasileira, incluindo as crianças.

Lula destacou a importância de processar criminalmente aqueles que promovem propaganda contrária e disseminam desinformação, classificando-os como negacionistas e facínoras. Ele enfatizou a gravidade do tema e a necessidade de lidar com essas questões de maneira rigorosa.

A live contou com a participação da ministra da Saúde, Nísia Trindade, que apresentou um balanço das ações do governo ao longo de 2023. Ela mencionou a criação da iniciativa interministerial “Saúde com Ciência” como parte da estratégia para combater as fake news e responder preventivamente aos efeitos negativos das redes de desinformação, visando recuperar as altas coberturas vacinais no Brasil.

Nísia Trindade ressaltou que o governo enfrentou desafios, incluindo a falta de estoques das vacinas básicas para a infância, como poliomielite e sarampo. Ela destacou os esforços para organizar e garantir o abastecimento necessário para o funcionamento eficiente do sistema de vacinação.

A ministra informou que as fake news sobre vacinas incluíam narrativas falsas sobre a relação dessas vacinas com doenças como câncer, aids e diabetes. Além disso, mencionou informações incorretas sobre a vacina contra a COVID-19, como a alegação de que poderia causar modificações na corrente sanguínea ou no DNA.

Nísia Trindade expressou otimismo ao observar um aumento consolidado na cobertura vacinal, destacando o caso do HPV para adolescentes, que registrou um aumento de 60% na cobertura neste ano, sendo uma vacina crucial para a prevenção do câncer de colo de útero.

Comissão do Senado aprova redução de jornada sem corte no salário

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Nesta terça-feira (12), a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou, por 10 votos contra 2, um projeto de lei que possibilita a redução da jornada de trabalho sem a diminuição do salário do trabalhador. Contudo, a proposta estabelece uma exceção para os casos em que a redução salarial seja acordada entre trabalhadores e patrão em convenção coletiva de trabalho. Devido à aprovação em caráter terminativo, o projeto seguirá para análise da Câmara dos Deputados.

O senador Paulo Paim (PT-RS), relator do texto, afirmou que a proposta oferece a oportunidade de criar novos postos de trabalho, contribuindo para a redução das taxas de desemprego e promovendo uma distribuição de renda mais equitativa. Ele destacou que pesquisas indicam que a redução da jornada pode aumentar a produtividade, estimulando o crescimento econômico, além de melhorar a saúde mental e física dos trabalhadores. Paim ressaltou que diversos países, incluindo França, Alemanha, Espanha e Dinamarca, já discutem modelos laborais com redução da jornada sem cortes nos salários.

O relator também mencionou que acatou a sugestão do senador Izalci Lucas (PSDB-DF) para permitir a redução salarial nos casos em que houver aprovação em convenção coletiva. Paim consultou a Constituição para embasar essa decisão.

Por outro lado, Paim rejeitou uma emenda proposta pelo senador Laércio Oliveira (PP-SE), que incluía a possibilidade de as horas reduzidas serem compensadas por acordo entre as partes, com anuência das entidades sindicais, sem a necessidade de passar por acordo coletivo. A emenda não foi aceita, levando Laércio e o senador Dr. Hiran (PP-RR) a votarem contra o projeto.

Vale ressaltar que a medida de redução de jornada não se aplica ao regime parcial de trabalho, e a jornada poderá ser reduzida ao limite mínimo de 30 horas semanais. O projeto original é de autoria do senador Weverton (PDT-MA), que agradeceu o apoio e enfatizou a importância de fortalecer a relação entre empregado e empregador diante das mudanças recentes na legislação do trabalho. Ele destacou a necessidade de uma correlação justa e fraterna para garantir segurança a ambos os lados, especialmente em um país dinâmico como o Brasil.

Comissão do Senado adia votação sobre vacinação em escolas públicas

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A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) solicitou o adiamento da votação do projeto de lei que aborda a criação do Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas durante a reunião da Comissão de Educação (CE) do Senado nesta terça-feira (12). O projeto em questão é o PL 826/2019. A senadora afirmou que precisa de mais tempo para examinar a proposta e apresentar suas sugestões.

Damares Alves justificou sua preocupação com detalhes do texto que, segundo ela, podem ser deixados para a regulamentação da lei. Ela expressou inquietação sobre como o programa será implementado em escolas de ensino especial, mencionando a situação de crianças com autismo severo. A senadora levantou questões sobre quem será responsável pela aplicação da vacina e como as escolas lidarão com casos de imprevistos.

A parlamentar ressaltou a importância de esclarecer e aprimorar pontos específicos do projeto na Comissão de Educação. Além disso, mencionou a necessidade de ajustes no texto, uma vez que o projeto já foi modificado na Comissão de Assuntos Sociais após ser aprovado na Câmara dos Deputados.

Damares Alves também expressou o desejo de dialogar com representantes de escolas privadas para assegurar a participação delas na iniciativa. O projeto prevê que escolas particulares possam aderir à iniciativa, a ser executada por unidades de saúde locais.

O relator do projeto, senador Marcelo Castro (MDB-PI), manifestou surpresa com o pedido de vista da senadora. Ele destacou que o projeto já foi amplamente debatido na Comissão de Assuntos Sociais, onde houve acordo e votação consensual. Apesar do pedido de vista, o relatório de Marcelo Castro é favorável à criação do programa.

O PL 826/2019, apresentado pelo deputado federal Domingos Sávio (PL-MG) em 2019, tem como objetivo priorizar a vacinação de alunos da educação infantil e do ensino fundamental nas escolas públicas. O projeto busca intensificar as ações de vacinação para melhorar a cobertura vacinal, considerando as dificuldades enfrentadas pelo Brasil nesse aspecto nos últimos anos, conforme apontado por dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O relator, Marcelo Castro, destaca a importância de realizar a vacinação nas escolas públicas para proporcionar um acesso mais facilitado e universal às vacinas, especialmente para famílias de baixa renda.

Receita paga nesta quinta lote residual de restituição do IR

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A Receita Federal realizará o pagamento de R$ 762,9 milhões a cerca de 358 mil contribuintes que estavam na malha fina e acertaram suas contas com o Fisco. Esse lote residual do Imposto de Renda Pessoa Física será disponibilizado nesta quinta-feira (30). Os valores serão depositados nas contas informadas na declaração do Imposto de Renda.

Dentre os contribuintes contemplados, 5.774 têm mais de 80 anos, 58.060 estão na faixa etária de 60 a 79 anos, 6.654 possuem alguma deficiência física, mental ou doença grave, e 14.863 têm o magistério como principal fonte de renda. Adicionalmente, 129.019 contribuintes sem prioridade legal, que utilizaram a declaração pré-preenchida ou optaram por receber a restituição por meio de Pix, também foram incluídos. O lote abrange ainda 144.367 contribuintes não prioritários.

A consulta para verificar se o contribuinte está incluso neste lote foi aberta no dia 22, na página da Receita Federal na internet, no menu “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no botão “Consultar a Restituição”. A consulta também pode ser realizada por meio do aplicativo da Receita Federal para tablets e smartphones.

Os contribuintes que não constam nesta lista podem verificar eventuais pendências no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) e, se necessário, corrigir a declaração por meio de uma retificadora. Caso a restituição não seja depositada na conta informada na declaração, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Se o contribuinte não resgatar o valor após esse período, deverá requerê-lo no Portal e-CAC.

Caixa conclui pagamento do novo do Bolsa Família de novembro

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A Caixa Econômica Federal concluiu o pagamento da parcela de novembro do novo Bolsa Família, destinada aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 0, nesta quinta-feira (30). Pelo segundo mês consecutivo, o benefício contou com um adicional para mães de bebês de até seis meses, conhecido como Benefício Variável Familiar Nutriz, correspondendo a seis parcelas de R$ 50 para garantir a alimentação das crianças. Com o novo acréscimo, que beneficiou 349 mil mães com um total de R$ 16,8 milhões neste mês, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome informou a conclusão da implementação do novo Bolsa Família.

Além do adicional mencionado, o programa concedeu um aumento de R$ 50 para famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos, e outro de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos. O valor mínimo do benefício é de R$ 600, e com o novo adicional, o valor médio do benefício subiu para R$ 677,88. Em novembro, o programa atendeu a 21,18 milhões de famílias, totalizando um gasto de R$ 14,26 bilhões.

Na segunda etapa da qualificação automática de dados do Cadastro Único, realizada de 11 a 15 de outubro, foram excluídas do programa 571,34 mil famílias por terem renda acima das regras estabelecidas. Em contrapartida, 260 mil famílias foram incluídas no programa em novembro, graças à política de busca ativa, que se concentra nas pessoas mais vulneráveis com direito ao complemento de renda. Desde março, 2,66 milhões de famílias passaram a fazer parte do Bolsa Família.

Regra de proteção

Em novembro, aproximadamente 2,54 milhões de famílias se encontram na regra de proteção. Essa regra, em vigor desde junho, possibilita que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio foi de R$ 372,52.

Reestruturação

Desde o início do ano, o programa social voltou a ser chamado Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi assegurado após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, permitindo o gasto de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício.

O pagamento do adicional de R$ 150 começou em março, após o governo realizar uma revisão minuciosa no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) para eliminar fraudes.

No formato tradicional do Bolsa Família, os pagamentos ocorrem nos últimos dez dias úteis de cada mês. Os beneficiários podem consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, utilizado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Pela 1ª vez, Brasil tem mais de 100 milhões de trabalhadores ocupados

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O Brasil atingiu um marco significativo, ultrapassando a marca de 100 milhões de trabalhadores ocupados desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados divulgados nesta quinta-feira (30) revelam um número recorde de 100,2 milhões de pessoas empregadas, representando um aumento de 862 mil nos últimos três meses.

No trimestre de agosto a outubro, a taxa de desocupação ficou em 7,6%, registrando o nível mais baixo desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando estava em 7,5%. Esse índice reflete uma redução de 0,3 ponto percentual em comparação com a média de maio a julho de 2023. No mesmo período do ano anterior, a taxa era de 8,3%.

O número de desocupados diminuiu em 261 mil, totalizando 8,3 milhões de pessoas, representando uma queda de 3,6% em relação ao trimestre anterior.

Carteira assinada

O contingente de empregados com carteira de trabalho no setor privado, excluindo trabalhadores domésticos, atingiu 37,4 milhões, alcançando o patamar mais elevado desde janeiro de 2015. Essa informação representa um saldo positivo de 587 mil pessoas (+1,6%) com carteira assinada nos últimos três meses.

O número de trabalhadores por conta própria também registrou aumento, chegando a 25,6 milhões, um acréscimo de 317 mil (+1,3%) na comparação trimestral.

Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, destaca que tanto empregados quanto trabalhadores por conta própria contribuíram para a expansão da ocupação no trimestre.

A taxa de informalidade manteve-se em 39,1% da população ocupada, o equivalente a 39,2 milhões de trabalhadores informais, permanecendo estável em relação ao ano anterior.

Rendimento

O rendimento médio real do trabalhador foi calculado em R$ 2.999, apresentando um aumento de 1,7% em relação ao trimestre encerrado em junho e um acréscimo de 3,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Este valor representa a cifra mais alta desde o trimestre encerrado em julho de 2020 (R$ 3.152).

O IBGE atribui essa evolução à expansão contínua entre os ocupados com carteira assinada, uma categoria normalmente associada a rendimentos mais elevados. Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, destaca que a interpretação possível é que há um ganho tanto quantitativo, com o aumento da população ocupada, quanto qualitativo, com o incremento do rendimento médio.

Incentivo para estudantes permanecerem no ensino médio é aprovado

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Nesta quarta-feira (29), os senadores aprovaram, de forma unânime, o projeto de lei complementar que permite a utilização de recursos do Fundo Social para suportar os custos da permanência de estudantes no ensino médio. De acordo com a proposta, essas despesas não serão consideradas nos cálculos dos limites de gastos da União.

O projeto, de autoria do senador Humberto Costa (PT-PE) e com relatoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), prevê que o superávit financeiro do Fundo Social poderá ser empregado ainda neste ano para financiar o programa de permanência, o qual deverá ser estabelecido por legislação específica. Vale ressaltar que o Fundo Social é composto por recursos provenientes da exploração de petróleo no pré-sal.

A aprovação do projeto resultou de um acordo entre governo e oposição. Os senadores acertaram um limite de R$ 6 bilhões do Fundo para o referido programa.

Poupança

Nesta semana, o governo federal instituiu um programa de bolsa permanência e poupança destinado a estudantes de baixa renda no ensino médio, visando incentivar a continuidade e conclusão de seus estudos. Para viabilizar esse programa, está prevista a criação de um fundo especial no qual a União deverá aportar até R$ 20 bilhões.

A Medida Provisória (MP) nº 1.198, datada de 27 de novembro de 2023, foi publicada em uma edição extraordinária do Diário Oficial da União na terça-feira (28). Embora a MP já esteja em vigor por ter força de lei, é necessário que o Congresso Nacional a aprove nos próximos 120 dias para que não perca a validade.

Um ato conjunto dos ministérios da Educação e da Fazenda será responsável por estabelecer valores, métodos de pagamento, critérios operacionais e utilização da poupança voltada para incentivar a permanência e conclusão escolar. Os montantes serão depositados em uma conta em nome do estudante, podendo ser a poupança social digital da Caixa Econômica Federal.

Câmara aprova Dia da Consciência Negra como feriado nacional

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Na noite desta quarta-feira (29), a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que transforma o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, em feriado nacional. O Senado já havia aprovado o texto, que agora aguarda sanção presidencial. O projeto propõe que a data seja denominada Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

O placar da votação foi de 286 a favor, 121 contra e duas abstenções. Atualmente, o feriado é reconhecido em seis estados – Mato Grosso, Rio de Janeiro, Alagoas, Amazonas, Amapá e São Paulo – além de mais de 1.000 cidades por meio de legislações municipais e estaduais.

O Dia da Consciência Negra homenageia Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, que foi morto em 1695 e tornou-se símbolo de resistência contra a escravidão.

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), representando a bancada governista, destacou Zumbi dos Palmares como um herói da pátria brasileira. Ressaltou que o feriado não se limita a uma comemoração qualquer, mas representa uma parte significativa da história do Brasil.

A relatora Reginete Bispo (PT-RS) afirmou que a instituição do feriado contribuirá para intensificar os esforços na luta contra o racismo e na promoção da igualdade racial. Ela enfatizou a importância dos símbolos e das datas que refletem o que o país considera fundamental em sua história.

Por outro lado, os deputados contrários argumentaram que a declaração do feriado prejudica setores da economia e que a definição da data deveria ser responsabilidade das assembleias estaduais e municipais, conforme ocorre atualmente.

Desde 2003, as escolas são obrigadas a incluir o ensino de história e cultura afro-brasileira em seus currículos. Em 2011, a então presidente Dilma Rousseff oficializou o 20 de novembro como o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.