Socorro a aéreas não terá dinheiro do Tesouro, diz Haddad

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (5) que um eventual fundo para auxiliar no financiamento de empresas aéreas em dificuldades não contará com recursos do Tesouro Nacional. Essa declaração foi feita após um encontro com economistas na sede do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro.

“Estamos realizando uma avaliação da situação. Vamos entender melhor o que está acontecendo, e não está nos nossos planos um socorro com recursos do Tesouro. O que está eventualmente em discussão é viabilizar uma reestruturação do setor, sem envolver despesas primárias”, afirmou.

Segundo Haddad, até fevereiro será apresentado um diagnóstico e uma proposta. O ministro enfatizou que o custo do querosene de aviação não pode ser utilizado como justificativa para o aumento no preço das passagens.

“Durante o nosso governo [em 2023], o preço do querosene de aviação caiu, não podendo ser justificativa para o aumento das passagens aéreas.”

No último dia 25, a companhia aérea Gol, uma das três principais do país, entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. De acordo com um comunicado, a empresa encerrou 2023 com uma dívida de mais de R$ 20 bilhões.

Isenção

Questionado sobre a pressão de varejistas para que o governo recue da isenção para compras internacionais de até US$ 50 – cerca de R$ 250 – o ministro afirmou que o assunto está sendo discutido em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal e pelo Congresso.

“Nós vamos discutir, Executivo, Legislativo e Judiciário, qual é a melhor solução para isso”, afirmou.

No entanto, Haddad destacou o funcionamento do programa Remessa Conforme. “Caiu muito a questão do contrabando que envolvia até a remessa de droga para o Brasil. Isso acabou”, aponta.

O Remessa Conforme oferece a isenção até US$ 50 para empresas de comércio eletrônico que se comprometam a fornecer informações sobre origem, destinação e conteúdo das remessas. Com os dados, a Receita Federal tem à disposição, de forma antecipada, as informações necessárias para a aplicação do gerenciamento de risco das remessas internacionais, tendo mais tempo para definir as mercadorias escolhidas para fiscalização.

Haddad pede ao Congresso consciência para responsabilidade fiscal

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Nesta segunda-feira (5), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu ao Congresso Nacional que tenha consciência da Lei de Responsabilidade Fiscal ao discutir qual será a apreciação da medida provisória da reoneração da folha de pagamento de empresas consideradas grandes empregadoras.

As declarações foram feitas na saída de um evento com economistas, na sede do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), no Rio de Janeiro.

A MP editada pelo governo prevê a reoneração gradual de impostos em 17 setores da economia. No fim do ano passado, o Congresso havia aprovado a prorrogação da isenção de impostos para essas empresas por mais 4 anos, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a medida. Em seguida, o Congresso derrubou o veto presidencial.

O tema é uma das prioridades do Congresso, que retoma as atividades nesta segunda-feira após o recesso legislativo. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem defendido uma solução negociada para a MP da reoneração da folha.

Déficit zero

Para o governo, a volta da oneração é um dos caminhos para aumentar a arrecadação e buscar a redução do déficit público. “Nós vamos sentar com os líderes e abrir os números. O importante, neste momento, é que o Congresso tome consciência dos números do orçamento aprovado no ano passado”, disse Haddad.

O ministro explicou que a decisão dos parlamentares precisa estar em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Precisamos que qualquer gesto do Congresso na direção de um setor da economia seja compensado por medidas que equilibrem o orçamento”, afirmou.

“Nós temos que ter essa clareza de que existe uma lei complementar à qual as leis ordinárias estão subordinadas. É o caso da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias], é o caso da Lei Orçamentária”, completou.

O ministro da Fazenda manifestou que há abertura no governo para ajustes. “Se o Congresso entender que há outras alternativas a serem consideradas, obviamente nós vamos para a mesa ouvir”, declarou.

Saiba os temas que devem ser votados pelo Congresso em 2024

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Na sessão solene marcada para esta segunda-feira (5), o Legislativo abre oficialmente as atividades de 2024. Na cerimônia, programada para começar às 15h, estão previstas as leituras das mensagens dos Poderes Executivo e Judiciário enviadas ao Congresso Nacional. A mensagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve detalhar as prioridades do governo no parlamento.

Entre os projetos que devem ser discutidos neste ano no Congresso Nacional, destacam-se as medidas de regulamentação da reforma tributária aprovada no ano passado. Isso porque a Emenda Constitucional 132, que instituiu a reforma tributária, ainda precisa de regulamentação via leis complementares para as principais mudanças começarem a valer.

Os projetos devem ser enviados pelo Executivo e vão tratar sobre a forma de cobrança do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS); o funcionamento do comitê gestor dos recursos do IBS; a compensação de eventuais perdas de receita para estados, Distrito Federal e municípios; e sobre os regimes diferenciados e reembolsos de créditos previstos na reforma.

Outros temas que devem ocupar os deputados federais e senadores neste início de ano são a reoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, instituída pela Medida Provisória (MP) 1.202, e os vetos presidenciais ao orçamento, que cortaram R$ 5,6 bilhões de emendas parlamentares.

Também devem entrar na pauta de votações neste ano no Congresso Nacional a reforma do Código Civil, a regulação da Inteligência Artificial (IA), a chamada minirreforma eleitoral e medidas para a transição ecológica, como o projeto para o mercado regulado de carbono e a regulação do mercado do hidrogênio verde.

A reforma tributária sobre a renda prometida pelo governo também pode ser discutida neste ano. Além disso, a Câmara e o Senado devem analisar 20 Medidas Provisórias (MP) já editadas pelo Executivo.

Por ser um ano eleitoral, existe também a expectativa de que temas importantes se concentrem no primeiro semestre do ano, já que o segundo semestre será marcado pelas eleições de prefeitos e vereadores, o que costuma reduzir o nível de votações na Câmara e no Senado.

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que vai priorizar neste ano a alteração do Código Civil. No ano passado, o Senado instalou uma comissão de juristas para sugerir mudanças na legislação em vigor. A expectativa é que o anteprojeto seja entregue aos parlamentares em abril.

IA e Fake News

Outro tema prioritário para Pacheco e para o governo é a regulação do uso da inteligência artificial. A medida aguarda o relatório do senador Eduardo Gomes (PL-TO) na Comissão Temporária sobre Inteligência Artificial (CTIA). Na semana passada, a União Europeia deu aval às primeiras regras do mundo para inteligência artificial.

Outro tema que tem ganhado a atenção do governo federal e dos parlamentares e pode ser aprovado neste ano é o projeto de lei 2630, conhecido como “PL das Fake News”, que prevê regular as redes sociais para combater a desinformação. Um texto sobre o tema chegou a tramitar no ano passado, mas teve a votação suspensa após pressão das empresas de tecnologia.

Lula anuncia novos institutos federais e R$ 1,3 bi para Rodoanel em SP

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Nesta sexta-feira (2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a criação de mais 12 institutos federais de educação no estado de São Paulo, junto ao repasse de R$ 1,3 bilhão para a conclusão das obras do eixo norte do Rodoanel. Ele especificou que os municípios de Santos e São Vicente serão contemplados com um instituto cada e destacou a importância de utilizar esses recursos para impulsionar a economia local.

“Qual é a aptidão da cidade de Santos? Esses jovens têm que estudar cursos que possam servir para aprimorar o crescimento econômico e o desenvolvimento tecnológico da cidade em que o instituto é criado”, disse.

O presidente participou da cerimônia em Santos (SP) para celebrar os 132 anos do Porto de Santos e anunciar as obras do túnel Santos-Guarujá, no litoral paulista. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também esteve presente, e Lula adiantou a informação sobre a aprovação do financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as obras do Rodoanel.

“O BNDES aprovou R$ 1,3 bilhão para o estado de São Paulo para o eixo norte do Rodoanel, e logo logo você irá receber a notícia do [presidente do BNDES] Aloízio Mercadante.”

Em março de 2023, a proposta da Via Appia Fundo de Infraestrutura e Participações venceu o leilão do Rodoanel. O projeto prevê a concessão dos serviços públicos de operação, manutenção e realização dos investimentos para a exploração do sistema rodoviário por 31 anos.

O eixo norte do Rodoanel é o último trecho que falta para integrar todas as rodovias que circundam a cidade de São Paulo. As obras estavam paradas desde 2018. O trecho terá 44 quilômetros e completará o Rodoanel nos seus 177 quilômetros.

As obras do sistema foram iniciadas em 1998 com o objetivo de desafogar o trânsito na capital, principalmente de caminhões. O primeiro trecho foi entregue em 2002. A previsão é que as obras do trecho norte sejam concluídas em 2025, estimando-se uma redução na circulação de 18 mil caminhões por dia dentro da capital. O trecho principal tem 44 quilômetros de extensão, com três a quatro faixas por sentido e sete túneis duplos, abrangendo os municípios de São Paulo, Guarulhos e Arujá.

Pequenas empresas respondem por 8 em cada 10 empregos criados em 2023

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O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), conduziu uma pesquisa que apontou que as micro e pequenas empresas (MPE) foram responsáveis por oito em cada dez empregos criados na economia em 2023.

Os dados revelam que, do saldo de 1,48 milhão de novos empregos acumulados no ano passado, os pequenos negócios contribuíram com 1,18 milhão de novas vagas, o que corresponde a 80,1%. Enquanto isso, as médias e grandes empresas (MGE) foram responsáveis por 209,99 mil vagas, equivalente a 14,2% do total.

Este é o terceiro ano consecutivo em que as micro e pequenas empresas lideram na geração de novos postos de trabalho no país. Em 2023, o setor de serviços se destacou como líder na criação de empregos, gerando um total de 631 mil novas vagas ao longo do ano. Por outro lado, as médias e grandes empresas contribuíram com um saldo de 181,87 mil novos empregos.

Destaques

“Outros setores, como comércio (263,25 mil vagas) e construção (180,52 mil), se destacaram entre as micro e pequenas empresas, sem nenhum dos setores registrando saldo negativo entre janeiro e dezembro”, informou o Sebrae.

Entre as atividades econômicas, os destaques no ano passado foram para os segmentos de restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas, com 69 mil contratações; construção de edifícios, com um saldo de 58,1 mil vagas, e comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – hipermercados e supermercados -, com 47,9 mil vagas.

Em dezembro de 2023, a diferença entre o total de admissões e demissões foi similar ao que ocorreu nos últimos anos, com um saldo negativo de 430 mil vagas. Entre as micro e pequenas empresas, foram fechados 178 mil postos de trabalho. Em relação às médias e grandes empresas, o saldo negativo foi de 195 mil vagas.

“Do saldo total de postos encerrados, as micro e pequenas empresas (MPE) representaram 41,4%, enquanto as MGE corresponderam a 45,4%. No entanto, comparando o saldo negativo do último mês de dezembro com o saldo de dezembro de 2022, quando foram encerrados 455,7 mil postos de trabalho, é possível constatar que houve uma redução no número de empregos encerrados”, explicou o Sebrae.

Entre as atividades que mais contribuíram para a geração de empregos em dezembro de 2023 estão o comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – hipermercados e supermercados -, com 7,6 mil vagas; a atividade de comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, com 4,8 mil empregos, e hotéis e similares, com 3,6 mil novas vagas, concluiu o Sebrae.

Produção da indústria fecha 2023 com alta de 0,2%

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a produção industrial do país registrou um aumento de 1,1% em dezembro, marcando o quinto mês consecutivo de resultados positivos. Assim, a indústria brasileira encerra 2023 com um crescimento de 0,2%. Em 2022, houve uma queda de 0,7%. Esses dados foram divulgados nesta sexta-feira (2) no Rio de Janeiro, pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM).

Esse resultado eleva a produção das fábricas para um nível superior ao período pré-pandemia, com um aumento de 0,7% em relação a fevereiro de 2020. No entanto, o setor produtivo ainda está 16,3% abaixo do maior nível já registrado em maio de 2011.

Apesar do fechamento positivo do ano passado, apenas nove dos 25 ramos pesquisados apresentaram crescimento na produção. Os principais destaques positivos foram observados nas indústrias extrativas, nos produtos derivados de petróleo e biocombustíveis, e nos produtos alimentícios.

Por outro lado, algumas atividades apresentaram indicadores negativos, como veículos automotores, produtos químicos, máquinas e equipamentos, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, além de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos.

Semestres distintos

Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, 2023 apresentou dois períodos distintos. O primeiro semestre foi caracterizado por um desempenho predominantemente negativo da indústria em geral, com uma queda de 0,3%. Já no segundo semestre, houve uma melhora no ritmo da produção industrial, resultando em um crescimento de 0,5%.

“Isso também se torna evidente quando observamos o indicador mês a mês em relação ao mês imediatamente anterior, com cinco meses consecutivos de taxas positivas, culminando com a expansão de 1,1% em dezembro. Com isso, o acumulado do ano, que ficou negativo em grande parte de 2023, passou para o campo positivo”, observa.

O pesquisador do IBGE explica que o resultado de 2023 é considerado praticamente estável, ou seja, um crescimento modesto. Entre os fatores que contribuíram para o desempenho da indústria, ele destaca o comportamento positivo do mercado de trabalho, com aumento na massa de rendimentos e inflação controlada, especialmente no segmento de produtos alimentícios.

Esta semana, o IBGE divulgou que a taxa média de desemprego do ano passado ficou em 7,8% – a menor desde 2014. Já a inflação oficial encerrou o ano passado em 4,62%.

“Vale destacar também a contribuição positiva das exportações, especialmente no que se refere às commodities [matérias-primas básicas negociadas com preços internacionais]. Também observamos ao longo do ano o início da flexibilização na política monetária com a redução na taxa de juros”, finaliza.

8 de janeiro: MPF arquiva investigações contra Ibaneis e Torres

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O procurador da República Carlos Henrique Martins Lima decidiu arquivar as investigações contra o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF), Anderson Torres, e o governador do DF por improbidade administrativa relacionadas aos atos criminosos do dia 8 de janeiro de 2023, que culminaram com a invasão das sedes dos Três Poderes da República. Segundo Lima, entre outras razões, não é possível apontar conduta dolosa, nem elementos probatórios de ação intencional dos investigados para que possa ser aplicada a Lei de Improbidade Administrativa.

Lima, em sua decisão de arquivamento datada desta terça-feira (30), afirmou não ter encontrado elementos suficientes para concluir que o ex-secretário de segurança do DF tivesse o intuito de permitir que os manifestantes adentrassem e depredassem as sedes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.

“Deste modo, Anderson Torres não foi municiado com informações suficientes acerca da certeza do caráter belicoso das manifestações, o que também o impossibilitou de adotar medidas mais severas para a segurança pública junto ao governador do DF”, disse o procurador.

Torres foi um dos indiciados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CMPI) dos atos antidemocráticos. Ao arquivar a investigação, Lima citou a CPMI e disse que o documento final da comissão carrega “viés político”.

“Importante consignar que, embora o relatório da CPMI tenha concluído pelo indiciamento de ANDERSON GUSTAVO TORRES, trata-se de documento que carrega em si, e legitimamente, viés político, visto ser fruto de trabalho de integrantes do Poder Legislativo, os quais visam, com sua atuação, atender expectativas do seu eleitorado”, afirmou Lima.

Ibaneis

O procurador afirmou que não é possível imputar ao governador Ibaneis uma responsabilização civil pelos eventos ocorridos no dia 08 de janeiro de 2023. Segundo Lima, minutos antes da invasão do Congresso Nacional, quando houve o rompimento da linha de contenção na Alameda das Bandeiras, foi identificado que vários invasores estavam fortemente armados e preparados para o confronto, “com indícios inclusive de terem ‘treinamento militar’, não sendo o mesmo perfil de pessoas que ocupavam os acampamentos em frente ao exército nos meses anteriores aos fatos, conforme relatos de testemunhas ouvidas”.

“O que se verifica é que os órgãos de segurança envolvidos no planejamento para as possíveis manifestações que ocorreriam no dia 08/01/2023 não tinham total ciência do caráter violento de parte dos manifestantes”, afirmou. “Embora seja possível apontar alguma falha no serviço de inteligência dos órgãos de segurança pública ou algum erro no fluxo de informações, não se verifica, em relação a Ibaneis Rocha, uma conduta intencional de facilitar os atos criminosos”, complementou Lima.

“Logo, não é possível atribuir a Ibaneis Rocha uma ação ou omissão que tenha dado ensejo às invasões às sedes do Congresso Nacional, do STF e do Palácio do Planalto no dia 08/01/2023”, conclui.

O procurador também cita na decisão o indiciamento de Ibaneis pela CPMI, cujo trabalho também foi classificado como tendo “viés político”.

“Com efeito, a sugestão de indiciamento pode e deve ser avaliada pelo titular das ações penais e cíveis, em relação a todos os aspectos apurados, sendo natural a existência de conclusões diversas daquelas a que chegaram os parlamentares”, destacou Lima.

Além de Torres e Ibaneis, também foram arquivados inquéritos contra os policiais militares Fernando de Souza Oliveira, ex-secretário executivo de Segurança do DF; Marília Ferreira de Alencar, ex-subsecretária de inteligência da Secretaria de Segurança do DF; Klepter Rosa Gonçalves, ex-comandante-geral da PMDF; Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da PMDF; e Jorge Eduardo Barreto Naime, coronel da Polícia Militar e chefe do Departamento Operacional da Corporação. As decisões seguem para homologação da 5ª Câmara de Coordenação do MPF.

Inadimplência das famílias é a menor em quase dois anos

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A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revela que 78,1% das famílias tinham dívidas em janeiro deste ano, superando os 77,6% de dezembro e os 78% de janeiro de 2023.

Em relação à inadimplência, que se refere às famílias endividadas com contas em atraso, houve uma queda em janeiro, atingindo 28,3%, o menor índice desde março de 2022. Em janeiro de 2023, esse percentual foi de 29,9%, enquanto em dezembro ficou em 28,8%.

O percentual de famílias sem condições de pagar suas contas foi de 12% em janeiro deste ano, menor que os 12,2% de dezembro, mas maior que os 11,6% de janeiro de 2023.

Entre as famílias com renda de cinco a dez salários mínimos, houve uma redução no endividamento, mas essa faixa de renda também apresentou aumento na inadimplência.

José Roberto Tadros, presidente da CNC, destacou que a pesquisa de janeiro mostra um cenário positivo para o ano, observando que as pessoas estão gradativamente quitando suas dívidas e voltando a consumir com mais confiança.

Os principais responsáveis pelo endividamento do consumidor incluem o cartão de crédito (86,8%), carnês (16,2%), crédito pessoal (9,7%) e financiamentos de casa e carro (8,4%).

Preço da gasolina e do diesel sobem nesta quinta com novo ICMS

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A partir desta quinta-feira (1º), os estados aumentarão o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a gasolina, o diesel e o gás de cozinha, tornando o abastecimento de veículos e o cozimento de alimentos mais caros.

Os estados decidiram reajustar o ICMS para compensar perdas de receita, elevando as alíquotas gerais de 18% para 20% na maioria dos casos. Para os combustíveis, os reajustes serão em valores fixos em centavos, devido ao sistema de tributação diferente que seguem.

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), composto pelos secretários estaduais de Fazenda, aprovou o aumento em outubro. Esse é o primeiro reajuste do ICMS desde a mudança do modelo de cobrança sancionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em março de 2022, onde o imposto passou a ser cobrado conforme um valor fixo por litro (gasolina e diesel) ou por quilograma (gás de cozinha).

Considerando o preço médio calculado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), a gasolina terá um aumento médio para R$ 5,71 por litro. Já o diesel normal subirá para R$ 5,95 em média, e o diesel S-10 poderá ultrapassar os R$ 6,00 por litro.

O preço médio do botijão de 13 quilos de gás de cozinha subirá, em média, de R$ 100,98 para R$ 103,60.

Receita paga hoje lote residual de restituição do Imposto de Renda

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Nesta quarta-feira (31), a Receita Federal efetuará o pagamento do lote residual de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) referente a janeiro. Um total de 306.224 contribuintes, que caíram na malha fina em anos anteriores e regularizaram suas pendências com o Fisco, receberão um montante de R$ 800 milhões.

O pagamento será direcionado para a conta bancária informada na declaração do Imposto de Renda. Dentre os contemplados, muitos possuem prioridade legal, incluindo 8.613 idosos acima de 80 anos, 67.695 contribuintes entre 60 e 79 anos, 6.403 com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave, e 20.258 contribuintes cuja principal fonte de renda é o magistério.

Além desses, há 128.138 contribuintes sem prioridade legal, porém, que receberão neste lote devido ao uso da declaração pré-preenchida ou à opção por receber a restituição via PIX. Por fim, foram incluídos 75.117 contribuintes não prioritários.

A consulta foi disponibilizada a partir do dia 24 no site da Receita Federal. Basta o contribuinte acessar a seção “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, clicar no botão “Consultar a Restituição”. Também é possível realizar a consulta por meio do aplicativo da Receita Federal para tablets e smartphones.

Caso o contribuinte não esteja relacionado neste lote, deverá acessar o Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) para verificar o extrato da declaração. Se houver alguma pendência, poderá enviar uma declaração retificadora e aguardar os próximos lotes da malha fina.

Resgate

Se o crédito não puder ser realizado, por exemplo, se a conta informada estiver desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil.

Nesse cenário, o cidadão poderá reagendar o crédito dos valores pelo Portal BB ou entrando em contato com a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

Se o contribuinte não resgatar o valor de sua restituição após um ano, deverá solicitar o valor no Portal e-CAC. Ao acessar a página, o cidadão deve, por meio do menu “Declarações e Demonstrativos”, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no campo “Solicitar restituição não resgatada na rede bancária”.